Lewis Hamilton comemorou seu quinto título mundial com uma dose de autocrítica ao fim do GP do México de Fórmula 1, nesse domingo (28).
O piloto inglês admitiu que fez uma “corrida horrível” e disse que o troféu foi um dos mais difíceis de conquistar em sua trajetória na principal categoria do automobilismo mundial.
“Foi uma corrida horrível. Eu só estava tentando trazer o carro de volta para casa”, afirmou o piloto da Mercedes, referindo-se ao fim da prova. O novo pentacampeão da F-1 terminou a prova na quarta colocação, mas passou a maior parte da corrida entre o sexto e o quinto lugar. “Eu estava sofrendo com o carro.”
Após lamentar a corrida ruim, Hamilton não deixou de comemorar o título. “Eu não costumo me permitir ter emoções em público. Mas neste momento eu me sinto muito, muito emocionado por toda a experiência”, declarou o inglês, que havia sido campeão em 2008, 2014, 2015 e 2017.
“É muito, muito difícil processar o que estou vivendo neste momento. É algo, claro, com o que eu sonhei, mas nunca em milhões de anos eu pensei que estaria aqui hoje me tornando campeão mundial pela quinta vez”, celebrou o britânico.
Com seu quinto título mundial, Hamilton elevou ainda mais o seu status entre os maiores pilotos da história. Ele se igualou ao argentino Juan Manuel Fangio, também pentacampeão, e agora só está atrás dos sete troféus do alemão Michael Schumacher.
“Michael ainda é o maior. E Fangio é como se fosse um padrinho e sempre o será. Eu me sinto honrado por ter meu nome sendo colocado ao lado deles. Se eu parasse de correr hoje, meu nome já estaria ali”, ponderou Hamilton.
Com contrato com a Mercedes até o fim de 2020, o inglês poderia alcançar a marca de Schumacher se for campeão também nos próximos dois anos, quando sua equipe deve se manter entre as mais rápidas do grid.
“Eu sinto que ainda estou pilotando com aquele fogo que eu tinha quando eu tinha apenas oito anos de idade. Estou aqui por mais alguns anos. Então espero chegar perto [da marca de Schumacher]. Mas sempre serei um fã dele”, comentou.
Para chegar ao quinto título, Hamilton precisou superar neste ano o forte ritmo apresentado pela Ferrari ao longo de toda a temporada. O time italiano contou com o melhor carro do grid, algo incomum nestes últimos anos, quando a Mercedes impor forte domínio.
Por isso, o inglês reconheceu que o campeonato de 2018 foi um dos mais difíceis de sua carreira. “Eu sempre acreditei que poderia vencer este campeonato. Mas o deste ano foi um dos mais duros”, admitiu o pentacampeão. Com informações do Estadão Conteúdo.