O vice-prefeito Gustavo Pinato se manifestou, por meio de nota oficial, sobre sua condenação pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Fernandópolis, Vinícius Castrequini Bufulin devido a acidente de trânsito envolvendo o político no dia 8 de maio de 2018.
O vice-prefeito se diz vítima de “perseguição política” e afirma não existir provas contra ele. Segue a nota na íntegra:
“O único crime que cometi seria, em tese, o de lesão corporal, nenhum outro. Com o devido respeito, a meu ver, o juiz Dr. Bufulin não me condenou baseado nas provas do processo, até porque não existem. Ao contrário, as provas existentes nos autos atestam que o único crime que, em tese, teria cometido seria o de lesão corporal levíssima, o que remeteria os autos ao Juizado Especial Criminal para uma eventual transação penal.
Então, a meu ver, fui condenado injustamente por conta de uma perseguição política existente contra o meu irmão deputado federal Fausto, que defende veementemente a alteração da Lei de Abuso de Autoridade, que atingiria algumas autoridades atuantes no município de Fernandópolis.
Em meu interrogatório deixei bem claro que o Dr. Ailton Canato possui inegável inimizade com meu irmão.
Cumpre esclarecer que em casos análogos, muitos por sinal, quando há acidente de trânsito sem maiores consequências (sem vítima em estado grave), o Boletim de Ocorrência é elaborado no dia seguinte inclusive.
No meu caso, ficou bem claro que ocorrido o acidente, parei o veículo, me identifiquei e prestei todo socorro à vítima, a qual, aliás, num primeiro momento sequer quis ser levada ao pronto socorro ou UPA.
Os danos físicos à vítima foram diminutos, daí por que a estranheza da vinda do Delegado de Polícia até o local dos fatos, o que não é rotineiro nesses casos. Quem já se envolveu em acidente de trânsito sem lesões corporais significativas sabem que tal fato não é comum.
Contudo, sabemos que todo equivoco e injustiça cometida em decisão judicial de primeira instância deve ser recorrida ao Tribunal de Justiça, é o que estamos fazendo no dia de hoje. Estou convicto que o Tribunal de Justiça de São Paulo vai reformar a decisão e a justiça será restabelecida.”
Segundo Gustavo Pinato não passou por teste de bafômetro no dia do ocorrido, o que afastaria a possibilidade de comprovação de sua embriaguez. O que também teria causado estranheza seria o fato de o delegado Ailton Canato não ter ido ao mesmo instante até a residência de Pinato para interrogá-lo, atitude que poderia atestar se o vice-prefeito teria ou não ingerido bebida alcoólica.
EM TEMPO
Todas as informações publicadas neste texto são baseadas em entrevista com o réu.