O ex-ator Guilherme de Pádua gerou polêmica na internet com a estreia de seu canal no Youtube.
Depois de ter sido condenado a 19 anos e por causa do assassinato da atriz Daniella Perez, com quem contracenava na novela “De Corpo e Alma” em 1992, Pádua se tornou pastor da igreja Universal. O primeiro vídeo de seu canal ganhou o título de “Agora virou santo, né?” e foi alvo de críticas nas redes sociais.
Logo na descrição de seu vídeo Guilherme de Pádua apresentou questionamentos: “Mata, rouba, trafica e depois depois vira crente? Por que não fizeram isso antes de desgraçarem a própria vida e a vida de outras pessoas?”. A proposta do vídeo em si, é apontar a forma como o sistema prisional ressocializa quem está cumprindo pena.
Pádua começou o primeiro vídeo de seu canal do Youtube apresentando uma crítica ao julgamento que as pessoas fazem diante de cristãos convertidos após passados polêmicos, envolvendo drogas, álcool ou crimes. “Esses comentários de matou, roubou, fez tudo o que não devia e acha que é só colocar uma bíblia debaixo do braço e que vira outra pessoa é bastante compreensível. Teologicamente, sim. Deve tentar ser outra pessoa”.
O ex-ator, que atualmente exerce a função de pastor evangélico, também levantou declarações em torno do sistema prisional brasileiro, levando em conta a sua prisão que, embora a condenação tenha sido de 19 anos, durou sete: “O normal é a gente esperar, principalmente em um país como o nosso, onde não existe prisão perpétua, que o sistema prisional torne as pessoas melhores, e que saiam de lá em condições de se ressocializar”.
O vídeo não permite comentários, mas gerou polêmica em outros canais de comunicação, onde o discurso do ex-ator foi criticado por internautas. “Monstro”, declarou uma usuária do Twitter. Outra usuária usou sua rede social para apontar: “. A dor fica na memória das pessoas infelizmente”, se referindo ao crime cometido pelo pastor.
Guilherme de Pádua e o caso Daniella Perez
Daniella Perez e Guilherme de Pádua eram colegas de cena no folhetim escrito pela mãe da atriz, Glória Perez . Sentindo-se prejudicado por Glória Perez e pela redução da relevância de seu personagem, Pádua assassinou Daniella com 18 punhaladas no pulmão, coração e pescoço.
Seu corpo foi encontrado em um terreno baldio a poucos metros de distância do estúdio da Globo onde participava das gravações. Guilherme de Pádua e sua esposa Paula – sua esposa na época, que o ajudou no crime – foram sentenciados a 19 anos e 18 anos e 6 meses de prisão, respectivamente, mas foram soltos em 1999 (sete anos depois).