O ex-juiz da operação Lava Jato, senador Sergio Moro (União Brasil-PR), afirmou neste domingo (15.out.2023) que a “crise” por conta da guerra entre Israel e Hamas serve só para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “exercitar a sua megalomania diplomática”.
Em publicação em seu perfil no X (antigo Twitter), Moro disse que o Brasil “não tem relevância internacional suficiente para fazer qualquer diferença na guerra no Oriente Médio”.
O senador também afirmou que o cenário mostra “o quanto a ideologia comprometeu a capacidade de parte da política brasileira de condenar atos terroristas“.
LULA E A GUERRA EM ISRAEL
O presidente brasileiro tem sido criticado por políticos da oposição por seu posicionamento em relação à guerra em Israel, em especial por não se referir ao Hamas como uma organização “terrorista”.
No sábado (7.out), Lula repudiou os “ataques terroristas” do Hamas contra Israel, mas relativizou a ação do grupo ao escrever sua mensagem em tom adversativo e defender ser necessário trabalhar por um “Estado Palestino economicamente viável” e “dentro de fronteiras seguras”.
Apenas em 11 de outubro, 4 dias depois do início do conflito, Lula citou o Hamas ao mencionar o sequestro de mais de 100 pessoas desde sábado. “É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias”, escreveu nas redes sociais.
O Brasil enviou texto propositivo sobre o conflito entre Israel e o Hamas para os outros 14 países integrantes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
No sábado (14.out), Lula conversou por telefone com o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi e pediu pediu ajuda ao governo egípcio na operação de retirada de quase 30 brasileiros que estão na Faixa de Gaza. Também falou com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, sobre a saída dos brasileiros de Gaza.