quarta-feira, 23 de outubro de 2024
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Grupo Itarumã – Defesa recorre ao Ministério da Justiça

Advogada quer liberação de nove acusados; Polícia Federal diz que prisão preventiva não é arbitrária. A advogada do Grupo Itarumã, Yasmine Altomari da Silva, enviou na última segunda-feira uma carta…

Advogada quer liberação de nove acusados; Polícia Federal diz que prisão preventiva não é arbitrária.

A advogada do Grupo Itarumã, Yasmine Altomari da Silva, enviou na última segunda-feira uma carta aberta ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, solicitando a liberação dos nove sócios-proprietários e executivos que continuam presos preventivamente pela Polícia Federal, por meio da Operação Grandes Lagos.

Ao todo, desde o início da Operação, desencadeada no dia 5, 15 pessoas ligadas ao Frigorífico Itarumã de Jales, foram detidas e estão sendo investigadas. Elas são suspeitas de estarem envolvidas em um mega-esquema de sonegação fiscal, que resultou em um prejuízo que ultrapassa a soma de R$ 1 bilhão em tributos e multas que deixaram de ser recolhidos pela União nos últimos anos.

Pelo documento, a advogada solicita o direito de seus clientes responderem ao processo em liberdade, “assegurado pelo artigo 5.º da Constituição Federal, no seu inciso LIV, que diz que ninguém será privado da liberdade de seus bens sem o devido processo legal”.

Yasmine justifica que “os acusados são pessoas produtivas e muito conhecidas na região. Eles não precisariam sequer ser presos temporariamente e tratados como se fossem marginais, sendo algemados e expostos a irreparáveis danos morais”.

A carta também afirma que “o governo poderia ter encontrado o caminho do diálogo e da negociação em lugar da intimidação especulosa da ação policial”, e cita que a população de Jales e região estão vivendo sob clima de profunda tensão pelo receio de uma grave crise econômica.

De acordo com a assessoria do grupo, 170 funcionários estão de férias, em virtude das complicações que o frigorífico tem enfrentado após a prisão dos seus chefes. Ao todo, a empresa gera 500 empregos diretos e mil indiretos.

PF
Quanto à carta aberta ao Ministério da Justiça, o delegado federal de Jales, Rogério Giampaoli, disse em entrevista ao Diário, na tarde de ontem, que à priori ela é inadequada tecnicamente, uma vez que não é de responsabilidade do ministro liberar presos.

Giampaoli também fundamentou que o pedido das prisões preventivas não é uma ação arbitrária e têm o consentimento e avaliação da Polícia, Ministério Público e Justiça Federal. O delegado ainda comentou que dos 106 suspeitos presos, apenas 25 permanecem detidos preventivamente e a determinação é para que a ordem pública seja garantida, a lei penal aplicada e a intenção criminal assegurada.

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