Dando seqüência às negociações iniciadas na capital paulista, em 8 de abril deste ano, onde estiveram presentes Titosi Uehara, Celso Spósito Reynaldo e Kosuke Arakaki, representando o Grupo Arakaki, e José Eduardo Diniz Junqueira, representando o Grupo Moema, diretores do Grupo Brenco vieram nesta quarta-feira, dia 20, na sede da Agrícola Arakaki para discutirem o traçado do alcoduto que passará pelas cidades de Alto Taquari, Costa Rica, Paranaíba, Fernandópolis, São José do Rio Preto e Santos.
Durante a reunião, Moacir Mediolaro, diretor da Centro Sul Transportadora Ltda, empresa do Grupo Brenco que capitaneará a construção e operacionalização do alcoduto, apresentou todo o projeto e cronograma que envolve a construção. “Está previsto o investimento de US$ 1 bilhão para a construção do alcoduto, que terá 1,2 mil quilômetros de duto”, disse Mediolaro.
Segundo Titosi Uehara, diretor presidente da Alcoeste, o alcoduto tornará o etanol competitivo no mercado internacional, com o barateamento do custo logístico, além de trazer benefícios fiscais e sociais para o município.
A profundidade média em que serão instalados os dutos varia de 1,1 a 3 metros. Segundo Clayton Melo, gerente de planejamento e logística da Brenco, existem três equações complicadas na construção: atravessar São Paulo, descer a serra e a construção do terminal de santos, tendo em vista que o terreno se trata de um manguezal. “Temos todas as licenças exigidas, por exemplo, pela ANP, IBAMA, FUNAI, além dos direitos de passagem”, disse.
Kosuke Arakaki, presidente do conselho administrativo do Grupo Arakaki, colocou à disposição toda a infra-estrutura, incluindo o terreno, para a instalação de um terminal receptor de etanol em Fernandópolis que atenderá aproximadamente 15 usinas da região.
De Paranaíba, o duto passará pela ponte rodoferroviária sob o Rio Paraná e em Fernandópolis margeará a rodovia Euclides da Cunha.