quinta, 6 de fevereiro de 2025
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Grupo acusado de desviar dinheiro da saúde é alvo de operação

A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira (29) a operação “Raio X”, que visa desmantelar uma organização criminosa especializada em desviar dinheiro destinado à saúde por meio da celebração de contratos…

A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira (29) a operação “Raio X”, que visa desmantelar uma organização criminosa especializada em desviar dinheiro destinado à saúde por meio da celebração de contratos entre municípios com organizações sociais.

A investigação começou há cerca de dois anos e conta com inquéritos policiais instaurados em Penápolis e Birigui. A ação é concentrada na delegacia de Araçatuba. Até agora, foram apreendidos documentos, carros e computadores.

De acordo com a Polícia Civil, nesse período, foi descoberto um grande esquema de corrupção envolvendo agentes públicos e o desvio de milhões de reais.

Em entrevista coletiva realizada na Deic de Araçatuba, o delegado Fábio Pistori explicou que a ação segue sob segredo de justiça, mas adiantou o número de presos.

“Até o momento, 20 pessoas foram presas temporariamente, mas há 64 mandados de prissões temporárias sendo cumpridos. Hoje, a operação finalizando a primeira fase, mas ela continua. O objetivo não é só prender eventuais suspeitos, mas tentar ressarcir os cofres públicos para recuperar o patrimônio que foi dilapidado”.

A ação, que também tem apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), cumpre mandados de prisão e busca em dezenas de cidades paulistas. Em outros estados, como Pará, Minas Gera​​is e Mato Grosso do Sul, a PF é quem está liderando as ações.

O promotor João Paulo Serra Dantas, do Gaeco, disse que a operação começou em Araçatuba, mas se espalhou por outras cidades e, em paralelo, haviam outras investigações em vários estados brasileiros.

“Os indícios foram descobertos por meio de quebra de sigílos bancários e telefônicos e, durante essa apuração, conseguimos identificar que havia uma grande movimentação de dinheiro entre os envolvidos. Por isso, a Justiça decretou as buscas e as prisões. A operação e a investigação continua”.

Ao todo, são 64 mandados de prisão temporária e 237 mandados de busca, sendo 180 no estado de São Paulo e 57 nos demais estados, além do sequestro de bens e valores.

O governador João Doria disse que determinou um “pente fino” em contratos com organizações sociais e afirmou que “não vai tolerar que o Estado seja vítima de inescrupulosos”.

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