A Petrobras informou nesta segunda-feira, 14, que a greve dos petroleiros reduziu a produção da companhia em 16%, ou 300 mil barris diários, mas que espera reverter a situação com o avanço das negociações com seus empregados.
Os petroleiros da Bacia de Campos, responsável por 80% da produção nacional, de cerca de 1,8 milhão de barris diários, entraram em greve à zero hora desta segunda-feira para tentar forçar a empresa a considerar o dia do desembarque da plataforma como trabalho e não folga.
Segundo os grevistas, a redução da produção foi da ordem de 400 mil barris diários. A greve é restrita à Bacia de Campos e promovida pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense.
Na terça-feira, a Federação Única dos Petroleiros (Fup) vai se reunir para decidir se estende a greve a outras regiões produtoras do Brasil. No caso da Fup, a reivindicação é por maior participação nos lucros da companhia e mais segurança para os trabalhadores.
Segundo a Petrobras, a equipe de contingência montada pela companhia vai tentar garantir a normalidade do abastecimento nos cinco dias previstos de greve na bacia de Campos e não deverá haver prejuízo à população.
O sindicato também havia informado mais cedo que os estoques garantiriam o funcionamento das refinarias e que não deveria haver falta de combustíveis líquidos. Um diretor do sindicato alertou, no entanto, para possíveis desabastecimentos de gás natural, o que também foi descartado pela Petrobras.
Segundo a estatal, apenas quatro plataformas de produção – e não 12 como informou mais cedo o sindicato – teriam interrompido as atividades. A estatal anunciou ainda que conseguiu no Tribunal Regional do Trabalho liminar que garante o desembarque dos grevistas, mas assegura a permanência de quem desejar continuar trabalhando.