quarta-feira, 23 de outubro de 2024
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‘Grandes Lagos’: Frigoríficos podem ter queda na exportação

A pressão pela libertação de empresários ligados aos ramos de frigoríficos e curtumes, presos na Operação Grandes Lagos, pode causar colapso na exportação de produtos do setor, na região. Empresas…

A pressão pela libertação de empresários ligados aos ramos de frigoríficos e curtumes, presos na Operação Grandes Lagos, pode causar colapso na exportação de produtos do setor, na região.

Empresas ameaçam demitir e algumas já deram férias coletivas aos empregados, o que reduz a produção e rompe programas de exportação. A empresa Caribbean Express acha que a situação ameaça a venda ao exterior de couro semi-acabado, que cresceu 247% de janeiro a junho deste ano, em comparação com o mesmo período de 2005. De acordo com a Receita Federal, os curtumes da região exportaram, em 2006, US$ 264 milhões, contra US$ 76 milhões em 2005. A exportação da carne bovina desossada cresceu 90%. São US$ 24 milhões neste ano contra US$ 12 milhões em 2005.

Os empresários foram presos sob a suspeita de integrar um mega-esquema de sonegação fiscal e previdenciário, e de prática de lavagem de dinheiro e remessas ilegais para o exterior. Para o delegado da Polícia Federal, Victor Hugo Alves, a queda na produção de bens para exportação é uma iniciativa dentro da tática de pressionar autoridades para libertar empresários.

Na última sexta-feira o Supremo Tribunal Federal recebeu pedido de hábeas corpus em favor de um empresário preso na cadeia de Indiaporã, contra decisão do Superior Tribunal de Justiça, que manteve sua prisão pelo crime de formação de quadrilha.

Também sexta-feira cerca de 600 pessoas protestaram em frente ao Fórum Federal de Jales contra a prisão de donos dos frigoríficos Itarumã e Mozaquatro, que possuem filiais em várias cidades da região. A maioria dos manifestantes era de funcionários das empresas de Jales, Fernandópolis e Monte Aprazível, que tiveram os custos da viagem pagos pelo Grupo Mozaquatro.

Ontem, uma faixa com uma mensagem de agradecimento aos funcionários da filial de Fernandópolis foi colocada em frente à empresa, em nome do dono do frigorífico, Alfeu Mozaquatro, e de seus filhos, Patrícia e Marcelo. Os três estão presos desde o início do mês.

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