quarta-feira, 23 de outubro de 2024
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Grandes Lagos: 10 toneladas de documentos são apreendidos

A Delegacia Regional Tributária de Rio Preto apreendeu ontem dez toneladas de documentos fiscais em 69 empresas visitadas, em 16 cidades da região. A ação foi um desdobramento da “Operação…

A Delegacia Regional Tributária de Rio Preto apreendeu ontem dez toneladas de documentos fiscais em 69 empresas visitadas, em 16 cidades da região.

A ação foi um desdobramento da “Operação Grandes Lagos”, realizada em outubro, e que investiga sonegação de tributos federais, num total de R$ 1 bilhão, praticada pelo setor de frigoríficos e curtumes.

De acordo com o órgão, a operação de ontem investiga irregularidades com tributos estaduais. Há empresas suspeitas de operar como “laranjas” dos grandes empresários do setor, e cujos nomes foram definidos pela Receita Estadual e Ministério Público. Numa empresa foram apreendidos documentos do frigorífico Coferfrigo, ligado ao Grupo Mozaquatro, cujo líder Alfeu Mozaquatro está preso sob suspeita de sonegação fiscal.

Além de Rio Preto, foram vistoriadas empresas em Fernandópolis, Votuporanga, Catanduva, Santa Fé do Sul e Jales, além de uma dezena de cidades menores. As investigações vão apurar se houve irregularidades em créditos de ICMS, praticado através da compra de gado em outros Estados, para aproveitar a concessão de crédito do imposto. Não há nenhuma previsão de quanto pode ter sido desviado em recolhimentos pelas empresas investigadas.

Pela Operação Grandes Lagos, da Polícia Federal, a juíza Rosa Maria Pedrassi de Souza, de Jales, recomeçou ontem os depoimentos dos denunciados por sonegação fiscal. Entre os acusados que tinham depoimento marcado para esta quarta-feira estavam diretores do Grupo Itarumã. As audiências na sede da Justiça Federal terminaram no início da madrugada de hoje.

Além das operações no setor de alimentos, a Secretaria estadual de Fazenda cassou a inscrição de 20 distribuidoras e de 16 transportadores de combustíveis. As cassações ocorreram porque esses estabelecimentos não entregaram no prazo o requerimento e a documentação necessária para a efetivação do recadastramento. O prazo para a regularização dos documentos terminou dia 31 de outubro.

Em Fernandópolis foi cassada a inscrição do posto Petróleo Boa Vista, fechado por fiscais da Receita Federal no início do ano, quando foi constatada adulteração no combustível fornecido pela empresa.

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