Parte da grade do Morumbi cedeu durante a comemoração do primeiro gol do São Paulo sobre o Atlético-MG pelas quartas de final da Libertadores. Torcedores caíram no fosso e precisaram ser atendidos. A ambulância precisou ir ao local para socorrer os feridos.
Tudo aconteceu logo após o gol anotado por Michel Bastos. Na pressão, parte da grade do setor inferior azul do estádio cedeu, e torcedores caíram de uma altura considerável. No susto, jogadores do São Paulo foram até as pessoas para ajudar. O atendimento médico agiu rapidamente.
De acordo com informações do São Paulo, 20 pessoas se acidentaram – deste número, quatro sofreram cortes no rosto ou no queixo, um homem quebrou o braço e havia uma criança estava entre os feridos. No total, 16 pessoas foram atendidas. Entre estes que se machucaram, sete foram distribuídos entre os seguintes hospitais: Campo Limpo, Bandeirantes e São Luiz.
Com a situação, a partida ficou parada por cinco minutos.
“A preocupação foi passar as pessoas para os hospitais. A partir de amanhã [quinta-feira], vamos ter os laudos técnicos. Não tem nenhum temor agora. O que vai acontecer com a Conmebol é depois”, declarou José Francisco Manssur, vice-presidente de Comunicações e Marketing do São Paulo.”Na hora do gol, só vi os jogadores, só que na hora veio todo mundo pra cima. Eu estava na grade comemorando, ela arrebentou, e alguém me puxou. Na hora, consegui ver onde eu ia cair e pular, mas desloquei meu ombro. Ali é muito frágil a grade. Como tinha muita gente, a grade veio junto”, disse um dos torcedores que se machucou.
Após a partida, um perito chegou ao Morumbi à 1h15 da manhã desta quinta-feira para fotografar e fazer a vistoria no local do acidente. Ele pegou uma barra de ferro para levar como material de coleta.
“Foi corrosão. É uma solda, a gente não sabe o tipo de corrosão. Vai ser feito o teste no laboratório. A princípio é corrosão, isso é evidente. Todos estão comprometidos. Estão todos iguais. O material não é feito pra suportar a pressão que ele suportou. Mas se tem 20 pessoas empurrando isso… Um fator evidente é a corrosão. Toda solda leva a corrosão. Tem que refazer. O trabalho que fizeram não foi bem feito. É evidente que isso aqui está frágil”, afirmou Edwar Folli, perito criminal responsável por analisar a cena.