2012 foi um ano difícil para a Petrobras e 2013 deve ser pior ainda.
A estimativa foi feita pela presidente da estatal, Maria das Graças Foster, nesta última terça-feira, um dia após a companhia anunciar o pior lucro desde 2004.
Segundo ela, as maiores dificuldades da Petrobras serão no primeiro semestre do ano, quando algumas plataformas serão paradas para manutenção. Mesmo assim, Graça Foster confirmou que a empresa manterá a meta do ano passado, de pouco mais de milhões de barris por dia.
A grande dificuldade em 2012 foi manter o preço do combustível perto dos valores cobrados por outros países. A companhia aumentou três vezes o preço do diesel e duas vezes a gasolina. Mesmo assim, as altas não foram suficientes para cobrir a defasagem em relação aos preços internacionais.
O governo só não aumentou ainda mais o preço dos combustíveis para segurar a inflação. No mesmo período, a alta do dólar também levou a estatal a importar petróleo e derivados a um custo mais alto. O consumo também subiu, o que fez as importações de gasolina dobrarem em relação ao ano anterior.
Para 2013, a Petrobras ainda prevê um aumento de quatro por cento no consumo. Enquanto isso, os preços seguem defasados em relação ao mercado externo.
Apesar do pessimismo em relação ao primeiro semestre, graça Foster se dizia otimista com o desempenho da companhia a partir do segundo semestre, quando a produção deve voltar a crescer, com a entrada de sete novas plataformas e o aumento progressivo da extração de combustível.
