quarta, 13 de novembro de 2024
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Governo suspende despejo de 60 famílias

O governo do Estado de São Paulo desistiu de despejar nesta sexta-feira (23), as 60 famílias que há 40 anos vivem em uma área em Franco da Rocha. O governo…

O governo do Estado de São Paulo desistiu de despejar nesta sexta-feira (23), as 60 famílias que há 40 anos vivem em uma área em Franco da Rocha. O governo quer o terreno para ampliar a escola do Corpo de Bombeiros que existe no local. A decisão de adiar a saída dos moradores foi comunicada pela Casa Civil do Estado aos moradores, aos representantes de movimentos sociais que apoiam as famílias e pelo mandato do deputado estadual Simão Pedro (PT-SP), que vem intermediando as negociações há anos.

De acordo com Edgard Moura, chefe de gabinete do deputado, uma reunião na noite de ontem, na Casa Civil paulista, foi o ponto de partida para um acordo em que o governo se comprometeu a encontrar uma nova área para as famílias antes de simplesmente despejá-las. “Conseguimos impedir uma enorme injustiça social. Agora, o governo irá encontrar uma área, que pode ser de caráter definitivo ou provisório, até que se busque uma solução final”, afirmou Moura.

Um dos defensores mais ativos das famílias, o Bispo Dom Tomás Balduíno, participou da reunião na Casa Civil e considera o adiamento como uma vitória parcial, porém importante para se manter a dignidade dos moradores.

Essa foi a terceira tentativa do governo estadual de retirar os moradores do terreno. Anos após o início da ocupação, o Governo do Estado apresentou um projeto para ampliação da escola do Corpo de Bombeiros no local. A saída de todas as famílias que vivem hoje na área seria necessária em função dos riscos em torno das atividades que serão desenvolvidas na área, como treinamento com explosivos.

Quando as famílias chegaram ao local, há 40 anos, o terreno era completamente ocioso e não cumpria sua função social. Enganados por grileiros, muitos chegaram inclusive a pagar pela posse da terra. Por diversas vezes, os moradores tentaram regularizar a situação junto ao Governo do Estado, mas não obtiveram sucesso até agora.

Com a decisão atual do governo em encontrar uma área, provisória ou definitiva, as famílias tiveram a esperança renovada em uma saída digna. (Valmir Zambrano, colaborou)

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