O governo do primeiro ministro Viktor Orban na Hungria quer banir do país todo e qualquer símbolo de ideologias totalitárias. Isso inclui a suástica, a cruz flechada, a foice e o martelo e… a estrela vermelha.
A inclusão deste último, símbolo comunista, veio bem a calhar com outra inclinação do atual governo húngaro: o protecionismo econômico. Isso porque Orban, que enfrentará eleições em abril do ano que vem, tem sobretaxado empresas estrangeiras em favor das empresas locais. A Heineken, empresa holandesa de cerveja que tem a estrela vermelha no rótulo, é um dos alvos preferenciais.
Se a lei passar pelo congresso, usar a estrela vermelha pode levar a multas de quase 7 milhões de dólares e até à prisão dos responsáveis, informa a Reuters. O vice-primeiro ministro Zsolt Semjen já disse que a estrela vermelha no rótulo da Heineken é “conteúdo político óbvio”.
E a empresa holandesa se envolveu em uma batalha jurídica com uma pequena cervejaria da Transilvânia, na Romênia, local habitado por muita gente de etnia húngara. A Reuters informa que nenhuma das partes quis se pronunciar.