O tema é polêmico e a discussão não é recente. O Governo Federal quer criar uma lei regulamente o direito de greve dos trabalhadores. A idéia é evitar que a população seja prejudicada com a falta de serviços essenciais, como a segurança e saúde, por exemplo. O governo está disposto a debater o assunto com entidades sindicais. Nesta semana, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo deve se reunir com representantes das centrais sindicais para discutir o tema e tentar chegar a um consenso. Para o Governo é preciso manter o direito de greve, mas sem prejudicar o cidadão O presidente da Força Sindical Paulo Pereira, diz que as entidades de classe aceitam discutir o assunto, desde que o direito à greve não seja proibido.
É lógico que a greve tem que ser respeitada. É um direito dos trabalhadores reivindicar, e a greve é um último instrumento. Não foi proibida nem na ditadura militar. Nós não podemos aceitar que um governo democrático venha proibir a greve no Brasil. Queremos discutir para ver quais são os setores que tem que discutir primeiro. Nenhum lugar do mundo se proíbe greve.
Com a regulamentação das greves o governo pretende definir regras e estabelecer um limite para as paralisações. O Ministério do Planejamento já tentou iniciar uma vez a discussão sobre o tema, mas não teve sucesso. Hoje a Constituição garante o direito de fazer greve na forma da lei. No entanto, como o direito nunca foi regulamentado há interpretações diversas sobre as paralisações. O que falta é consenso.
