O governo planeja impulsionar o índice de etanol anidro na gasolina de 27,5% para 30% até março, como parte integrante do programa Combustível do Futuro. A reunião crucial do Grupo de Trabalho (GT), encarregado de deliberar sobre essa mistura, está agendada para janeiro.
O GT, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, compreende representantes de diversos órgãos, incluindo Casa Civil, Fazenda, Ministério dos Transportes, Mapa, MCTI (Ciência, Tecnologia e Inovação), MMA, MDIC, MPor (Portos e Aeroportos), ANP e EPE. O prazo inicial para a submissão do relatório à aprovação do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) é de três meses, com a possibilidade de prorrogação por um período igual.
Pressionados por produtores de etanol, os quais solicitam que o GT evite pedir testes adicionais às montadoras, que já realizavam experimentos com motores de veículos utilizando gasolina de octanagem superior (cerca de 95), a iniciativa visa acelerar a implementação dessa mistura. Atualmente, o índice de queima de combustível no motor é de 93, de acordo com especialistas governamentais.
O ministro Alexandre Silveira busca a integração desse plano ao programa ambiental, visando reduzir as emissões atmosféricas decorrentes da queima de combustíveis fósseis. Além do aumento para 30% de etanol anidro na gasolina, o GT avaliará a viabilidade de índices de etanol superiores a 25% na gasolina C. O objetivo é elevar a octanagem da gasolina de 93 para 95 por meio da adição de etanol, alinhando-se aos padrões de combustíveis na Europa e nos EUA.
*Com informações da Folha de S.Paulo