O governo Lula tem estudado retomar o horário de verão por conta da seca no país. O Ministério de Minas e Energia avalia que a medida seria uma forma de evitar racionamento de água, o que pode ocorrer em breve por conta da falta de chuvas.
A volta da prática de adiantar os relógios é uma das opções avaliadas pelo governo para reduzir os impactos da seca. O governo já ampliou as autorizações para o funcionamento das usinas termelétricas a gás por conta do aumento da bandeira da conta de luz.
Para Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, o horário de verão, além de ajudar a reduzir a demanda de energia no final da tarde, período crítico para o sistema elétrico, “impulsiona fortemente” a economia do turismo, de bares e de restaurantes.
“Nós estamos em uma fase de avaliação da necessidade ou não do horário de verão. O horário de verão, nós sabemos que apesar da divisão da sociedade com relação a ele, tem outros efeitos que têm que ser analisados pelo governo, além da questão energética, que é a questão da economia”, afirma.
O ministro aponta que ampliar o período do dia com cobertura de luz natural pode reduzir a demanda por energia. “Se a gente puder diluir isso no horário de verão, talvez seja um ganho que vá dar a robustez ao sistema”, prosseguiu.
A medida foi extinta em abril de 2019, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que alegou que o horário de verão vinha representando uma economia de energia baixa e poderia desgastar a saúde da população. O governo Lula chegou a estudar a volta da prática em 2023, mas acabou desistindo na ocasião.