domingo, 22 de setembro de 2024
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Governo Lula aciona ONU por crescimento do neonazismo no Brasil

O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, emitiu um alerta à Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o aumento alarmante de…

O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, emitiu um alerta à Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o aumento alarmante de movimentos neonazistas no Brasil de acordo com informações da Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

Segundo o CNDH, há um “preocupante cenário de crescimento” desses grupos, com um aumento significativo do discurso de ódio direcionado, principalmente, às mulheres, à população negra e à comunidade LGBTQIAP+.

O objetivo do alerta é que a situação brasileira seja incluída em um relatório sobre formas contemporâneas de racismo, elaborado pela ONU. Este relatório será apresentado durante a 56ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da organização, prevista para junho e julho.

O texto destaca uma série de incidentes em Santa Catarina, incluindo a descoberta de um grupo que comercializava artefatos nazistas na região.

Além disso, o documento menciona um estudo conduzido pela antropóloga Adriana Dias, especialista no assunto, falecida em 2023, que revelou a existência de 63 células neonazistas em Blumenau, uma cidade com 365 mil habitantes. Em comparação, a capital paulista, com 12 milhões de moradores, registra 96 células.

O CNDH planeja enviar uma comitiva a Santa Catarina na quarta-feira (10) para ouvir possíveis vítimas, autoridades e especialistas. O itinerário incluirá visitas a Blumenau e Florianópolis. Um relatório detalhado da viagem será encaminhado à ONU.

No levantamento de Adriana, o Brasil tinha até 2022 pelo menos 530 núcleos extremistas de teor nazista no Brasil, podendo contar com até 10 mil pessoas.

Entre o início de 2019 e maio de 2021, houve um aumento de 270,6% desses grupos, coincidindo com a radicalização do país durante o governo Bolsonaro. As investigações por apologias ao nazismo também cresceram de 69 casos em 2019 para 110 em 2020.

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