quinta, 5 de dezembro de 2024
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Governo lança plano para reduzir problemas com a estocagem de grãos

O governo federal lançou, nesta terça-feira (4), em Brasília, o plano agrícola de investimentos para a próxima safra. Um dos principais objetivos é reduzir os problemas com a estocagem. O…

O governo federal lançou, nesta terça-feira (4), em Brasília, o plano agrícola de investimentos para a próxima safra. Um dos principais objetivos é reduzir os problemas com a estocagem.

O governo espera mais um recorde na colheita de grãos em 2014: 190 milhões de toneladas. E o financiamento para os agricultores brasileiros será o maior até hoje.

Cento e trinta e seis bilhões de reais: R$ 97 bilhões para custeio e comercialização e R$ 38 bilhões para investimento. O governo quer incentivar também a construção de armazéns de grãos.

Outros R$ 25 bilhões serão destinados para construção de novos silos privados nos próximos cinco anos.

Para os produtores e empresários, a armazenagem é um dos principais entraves do Brasil. Segundo os especialistas, a capacidade de estocagem dos nossos grãos é muito baixa. Quando há uma grande produção há também um grande problema. Com poucos silos disponíveis, armazenar se torna caro e aumenta os custos de produção.

Em Mato Grosso, produtores improvisaram e importaram bolsões de plástico para estocar grãos. E estão preocupados com a colheita que se aproxima.
“Armazenagem a céu aberto já é algo certo que a gente vai ver. O volume de armazéns não cresceu tanto quanto a gente esperava, e o milho que está chegando agora do campo não vai ter esse espaço necessário pra ficar”, conta o superintendente do Imea-MT, Otávio Celidônio.

Para a Confederação Nacional da Agricultura, é necessário investir mais em infraestrutura.

“Nós precisamos de 150% da nossa armazenagem garantida. Quer seja através de produtores, multinacionais, não importa quem”, diz Kátia Abreu, da CNA.
Nesta terça-feira (4), segundo a Conab, de uma produção de 184 milhões de toneladas, apenas 145 milhões podem ser estocadas. A Associação de Comércio Exterior do Brasil afirma que a capacidade de armazenagem não passa de 60% da produção.

“O fato de nós não termos armazenagem, isso faz com que o Brasil não aproveite os bons momentos de preço no mercado internacional”, explica o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil, José Augusto de Castro.
Para o governo, o investimento na armazenagem vai permitir que o produtor distribua a venda da produção ao longo do ano, e isso ajuda no combate a inflação, porque evita picos de preços. A presidente Dilma disse que acredita na adesão dos empresários.

“Nós temos um setor privado dinâmico interessado na expansão do agronegócio e da sua logística. E de outro lado, nós temos os recursos que o estado brasileiro nessa etapa do seu desenvolvimento tem condições de oferecer”, conta Dilma Rousseff.

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