Frente ao cenário de eventos climáticos extremos, o Governo de São Paulo tem o objetivo de aprimorar as estações agrometeorológicas do estado, gerando boletins climáticos com dados valiosos para a agricultura paulista. Em 14 de outubro foi comemorado o Dia do Meteorologista, profissional de grande importância para a leitura dos mapas captados pelas estações meteorológicas.
“Precisamos reunir todo o setor produtivo, público e privado para discutirmos o aprimoramento de nossa análise climática, distribuindo estações mais tecnológicas em pontos estratégicos do território paulista. Isso deve gerar maior previsibilidade para toda a sociedade em um novo cenário de eventos climáticos extremos”, destaca o secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai.
Atualmente, a Secretaria de Agricultura, por meio do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (Ciiagro), do Instituto Agronômico (IAC-Apta), oferece informações sobre temperatura, chuva, umidade do ar, velocidade do vento, precipitação pluviométrica e temperatura do solo. Produz também dados sobre disponibilidade de água no solo, probabilidade de ocorrência de doenças, granizo e seca à atividade agrícola.
Para a pesquisadora do IAC-Apta, Angelica Prela Pantano, a maior contribuição é conseguir identificar a ocorrência das mudanças climáticas. “Temos estações com mais de 100 anos de monitoramento, o que permite analisarmos uma série histórica, identificando os eventos extremos, temperaturas mais altas e menos chuvas”, afirma.
Porém, com a intensificação das adversidades climáticas, o investimento para expandir e modernizar estações meteorológicas se torna cada vez mais importante para o gerenciamento das atividades agrícolas e serviços de prevenção da Defesa Civil. Das 240 estações meteorológicas do Estado de SP, apenas 10 medem a umidade do solo, segundo a Fundag. O investimento para instalar a tecnologia necessária em cada estação é de aproximadamente R$ 15 mil.
Segundo Angelica, a manutenção da umidade adequada do solo é essencial para as safras agrícolas, assim como para a prevenção aos incêndios, o que torna o monitoramento cada vez mais importante. “Quanto maior a umidade do solo, maior é a quantidade de água disponível para as plantas. Culturas anuais como soja, milho, trigo, banana e hortaliças retiram água da superfície. Se a umidade estiver baixa, a planta pode ter problemas”, conclui a pesquisadora do IAC.