sábado, 23 de novembro de 2024
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Governo de SP lança fábrica-piloto de hidrogênio de etanol

Em parceria com a Toyota e a Shell, o governo paulista deu início à construção de uma fábrica-piloto para produzir hidrogênio verde a partir de etanol. A estrutura funcionará dentro…

Em parceria com a Toyota e a Shell, o governo paulista deu início à construção de uma fábrica-piloto para produzir hidrogênio verde a partir de etanol. A estrutura funcionará dentro da Universidade de São Paulo (USP), na capital do Estado, e será a primeira do mundo a fazer esse processo.

O etanol é um combustível de origem verde fornecido pelo agronegócio. No Brasil, a produção ocorre, principalmente, a partir da cana-de-açúcar. As lavouras do país são responsáveis pela maior safra dessa cultura no mundo — e São Paulo lidera a produção nacional com metade da colheita brasileira.

“Aquilo que o mundo está buscando, a gente está um passo à frente”, afirmou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, durante o evento de lançamento da obra. A cerimônia para apresentar o projeto ocorreu na última quinta-feira, 10.

A parceria pelo hidrogênio verdade de etanol
O projeto conta com tecnologia nacional para fazer a conversão. A Hyrton, uma empresa brasileira, está desenvolvendo os equipamentos para a fábrica em parceria com a USP, o Senai e a Raízen. A instalação terá a capacidade de produzir 4,5 quilogramas de hidrogênio por hora e deve começar a operar no segundo semestre de 2024.

“Estamos unindo a tecnologia brasileira pioneira da Hytron para demonstrar uma solução disruptiva, em que o hidrogênio produzido do etanol passa a ter um papel ainda mais relevante e de elevado impacto para a transição energética do país e do mundo”, afirma Daniel Lopes, diretor comercial da Hytron.

A Raízen é uma joint venture entre Shell, umas principais fabricantes de combustíveis fósseis do planeta, e a Cosan, a maior produtora de etanol de cana-de-açúcar do mundo.

“O objetivo desse projeto inovador é tentar demonstrar que o etanol pode ser vetor para o hidrogênio renovável, aproveitando a logística já existente da indústria”, afirmou Cristiano Pinto da Costa, presidente da Shell Brasil. “A tecnologia poderá ajudar a descarbonizar setores que consomem energia proveniente de combustíveis fósseis.”

Por sua vez, a Toyota participa do projeto com teste do uso do hidrogênio verde de etanol no modelo mirai. Desenvolvido pela fabricante japonesa, esse é o primeiro automóvel comercial movido a hidrogênio.

Além disso, também será avaliado o uso do transporte coletivo. Dois ônibus disponibilizados pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos farão parte dos testes dentro do campus da USP.

“O Brasil é um país com forte vocação para biocombustíveis”, disse Rafael Chang, presidente da Toyota país. “Entendemos o hidrogênio como uma fonte de energia limpa e renovável, que tem um papel importante nos esforços para reduzir as emissões de CO₂.”

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