Membros do governo federal decidiram criar um grupo para monitorar e combater fake news sobre a catástrofe no Rio Grande do Sul. O objetivo é acabar com o “enxame” de mentiras sobre a situação do estado. A informação é do Blog da Daniela Lima no g1.
Especialistas identificaram que existe um movimento coordenado para disseminar fake news sobre a atuação do Estado, acusações de que autoridades estariam “atrapalhando” a atuação de voluntários e um estímulo ao pânico econômico em meio à crise.
Por isso, a Advocacia-Geral da União (AGU), chefiada por Jorge Messias, vai se unir a equipes da Polícia Federal e à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom) para montar a força-tarefa. O titular do órgão ainda deve se reunir com as plataformas de redes sociais para tentar definir um protocolo nesta sexta (10).
No ofício em que pediu uma investigação contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) e o coach Pablo Marçal, o Palácio do Planalto afirmou que as notícias falsas têm atrapalhado a execução das ações emergenciais.
“A propagação de falsidades pode diminuir a confiança da população nas capacidades de resposta do Estado, prejudicando os esforços de evacuação e resgate em momentos críticos. É fundamental que ações sejam tomadas para proteger a integridade e a eficácia das nossas instituições frente a tais crises”, diz o documento.
Segundo o Planalto, essas mentiras têm afetado a “credibilidade” de instituições como o Exército, Força Aérea Brasileira (FAB), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e ministérios do governo, apontado como “cruciais na resposta a emergências”.
Membros do governo falavam em “abrir uma guerra” contra os responsáveis pelas fake news desde o início da semana e a AGU já acionou a Justiça contra o coach Pablo Marçal por mentir que a Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul estava bloqueando caminhões com doações, o que é falso.
A iniciativa de criar a força-tarefa ocorre após o volume de mentiras aumentar, com fake news sobre veículos com mantimentos sendo multados e até que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) teria proibido o envio de medicamentos ao estado.