domingo, 17 de novembro de 2024
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Governo contesta dados sobre manutenção do HC de SP

O governo de São Paulo, por meio da assessoria de Imprensa da Secretaria da Saúde, contestou os números apresentados em reportagem publicada na edição de hoje do jornal “O Estado…

O governo de São Paulo, por meio da assessoria de Imprensa da Secretaria da Saúde, contestou os números apresentados em reportagem publicada na edição de hoje do jornal “O Estado de S. Paulo”, segundo a qual somente 17,8% do orçamento para obras de adequação, ampliação e aparelhamento do Hospital das Clínicas previsto para 2007, ou R$ 3,013 milhões de um total de R$ 16,9 milhões, havia sido gasto até o dia 18 de dezembro. Apenas 15% dos recursos empenhados teriam sido gastos com prestadores de serviços e compra de materiais e equipamentos.

Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, a verba destinada para manutenção do HC era de cerca de R$ 12 milhões, dos quais R$ 11,3 milhões foram executados ao longo do ano. Era com o dinheiro desta rubrica – manutenção – que instalações elétricas, equipamentos anti-incêndio, portas corta-fogo e iluminação de emergência poderiam ser adquiridos e instalados no hospital.

Já a verba de 16,9 milhões citada referia a novos investimentos no Pronto Socorro, Instituto de Ortopedia e Traumatologia e Instituto da Criança do HC, além da compra de equipamentos para as áreas de Radiologia e Ressonância Magnética. Apesar de confirmar que apenas R$ 3,013 milhões foram gastos até o dia 18 deste mês, o governo ressaltou que 80% desses recursos serão homologados até o fim da tarde de hoje.

O incêndio que ocorreu na véspera de Natal no Prédio dos Ambulatórios do HC provocou a remoção de 200 pacientes. Um deles teria tido sua situação agravada durante o incidente, quando houve queda de energia elétrica. O vendedor Raimundo Nonato de Azevedo, 56 anos, havia passado por duas cirurgias para a remoção de um tumor no esôfago e estava internado no local do incêndio, onde respirava com a ajuda de aparelhos. Azevedo morreu ontem, mas o cirurgião Samir Rassian, do HC, afirmou que a situação do paciente já era grave e ele teria morrido de qualquer forma, embora tenha admitido que o vendedor ficou sem ventilação mecânica por alguns momentos.

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