


A Prefeitura de Fernandópolis, através da Secretaria do Meio Ambiente, promoveu na tarde da última terça-feira, 24, uma reunião sobre “Governança Colaborativa e Economia Circular”, tendo como palestrantes o engenheiro civil Germano Hernandes Filho, diretor de desenvolvimento metropolitano da ACIRP, de São José do Rio Preto, e a professora Kátia Regina Penteado Casemiro, da UNIRP.

“Governança colaborativa” é um modelo de gestão que envolve a participação de diversos atores, como governo, empresas, sociedade civil e outros, na tomada de decisões e na implementação de políticas públicas ou projetos.
A apresentação dos convidados coube ao secretário Carlos de Oliveira, do Meio Ambiente. Na plateia, vários secretários municipais. O primeiro palestrante, Germano Hernandes Filho, que é natural de Fernandópolis, falou do salto gigantesco de desenvolvimento que aconteceu em Maringá (PR), depois que foi implantado um sistema de governança colaborativa no município.
Segundo Hernandes Filho, a ideia foi do atual prefeito de Maringá, Silvio Barros, há cerca de vinte anos, quando exerceu um primeiro mandato. “sociedade civil e poder público começaram a pensar na Maringá de 2030”, disse. Como resultado, apareceram grandes investimentos, inclusive do exterior, como o da multinacional norte-americana RT-One, que aplicou nada menos que R$ 6 bilhões na cidade paranaense.
Ele lembrou que Fernandópolis chegou a ter um projeto parecido, quando criou a Associação de Amigos do Município: “infelizmente, não houve renovação de quadros, e o movimento, que se enquadrava na cultura de participação da sociedade na gestão pública de Fernandópolis, está adormecido”, comentou.
Antes de passar a palavra, o engenheiro afirmou que “é preciso pensar em como será Fernandópolis daqui a 30 ou 40 anos”.
MEIO AMBIENTE
A professora e consultora de soluções sustentáveis Kátia Penteado assumiu a palavra em seguida. Ela, que foi secretária do Meio Ambiente em Catanduva e Rio Preto, falou sobre questões importantes como destinação de resíduos sólidos, reciclagem e sustentabilidade, citando inclusive a legislação pertinente. Kátia chegou a afirmar que, em face dos atuais dispositivos legais, como a Lei 12.305/2010 (lei dos resíduos sólidos), “desde 2010, muitos municípios estão prevaricando”.
Narrou algumas das medidas adotadas em outros países em relação ao lixo que se produz diariamente e apontou caminhos. Kátia tem um trabalho de fôlego sobre o tema, intitulado “Do Comportamento Linear da Economia ao Novo Contrato Social da Circularidade”.
Sobre a proposta de pensar na Fernandópolis do futuro, Kátia acrescentou uma frase de efeito: “O melhor remédio para a ansiedade é pensar a longo prazo”.
