Duas senhoras foram vítimas de estelionato na tarde de terça-feira em Votuporanga.
Um criminoso visitou a casa das delas, disse que um padre estaria fazendo uma celebração no quarteirão e pediu joias para serem “abençoadas”. As vítimas acreditaram na história e só verificaram que se tratava de um golpe quando o golpista já havia sumido com correntes e aneis de ouro.
Para aplicar o golpe, o larápio utilizou o nome do padre Sílvio Roberto dos Santos, ex-pároco da Igreja Santa Luzia e que, atualmente, reside em São José do Rio Preto. Segundo apurado pela reportagem, por volta das 14h, um indivíduo de estatura baixa, robusto, de cabelo curto e com uma dente de ouro, foi até residências na região da escola Uzenir.
Nos locais ele encontrou suas vítimas, pessoas de idade, do sexo feminino, e afirmou que o padre Sílvio estava em visita a Votuporanga, e que, naquele momento, comandava uma oração em uma casa da vizinhança. Agindo como porta-voz do padre, o criminoso perguntou se as vítimas tinham correntinhas de ouro com pingentes com imagens de santos, ou outras joias e objetos de valor, para serem “benzidos” pelo padre. Crendo na história, as vítimas acabaram entregando aneis e colares.
Apenas após o golpista sair do local com os objetos, é que as vítimas constataram que se tratava de uma fraude, e acionaram a Polícia Militar. Elas foram até o Plantão Policial, onde o caso foi registrado como “estelionato” (Artigo 171 do Código Penal). A PM efetuou buscas ao golpista, mas até o início da noite de ontem, ninguém havia sido preso. Também há registro da ação do criminoso em Sebastianópolis do Sul.
Padre Sílvio se surpreende com notícia
Em São Paulo na tarde desta terça-feira, padre Sílvio recebeu a notícia de que o nome dele foi utilizado para um golpe após contato telefônico com a reportagem do A Cidade. O religioso se mostrou muito surpreso e até assustado com a notícia.
Ele afirmou que o trabalho missionário dele é todo em Rio Preto atualmente, e não em Votuporanga, lamentou o ocorrido, orientou para que pessoas fiquem atentas, e não aceitem qualquer conversa com ingenuidade. “Jamais faria algo assim. Eles (os criminosos) utilizam de todos os meios para enganar as pessoas e é preciso ficar atento”, disse padre Sílvio.