quinta-feira, 24 de outubro de 2024
Pesquisar
Close this search box.

Golpes antigos continuam fazendo vítimas

Humildade, simplicidade, inocência, falta de informação e, em certos casos, até mesmo ganância, são características que têm contribuído muito para que diversas pessoas se tornem as novas vítimas de velhos…

Humildade, simplicidade, inocência, falta de informação e, em certos casos, até mesmo ganância, são características que têm contribuído muito para que diversas pessoas se tornem as novas vítimas de velhos golpes, bastantes conhecidos pela sociedade e constantemente divulgados pela imprensa.
Por trás de uma pessoa bem vestida, educada e com grande poder de convencimento, muitas vezes se escondem perigosos estelionatários, capazes de levar todas as economias que seus “frágeis” alvos possuem. As vítimas, que na maioria dos golpes, são aposentados, se deixam levar por falsas histórias que acabam as transformando em “sortudas”, ou pelo menos, numa pessoa que merece ser recompensada por uma boa ação, na verdade, forjada pelos criminosos.
A aposentada M.A.S.S., 61, moradora de Indiaporã, já passou pela experiência e diz entender muito bem o desespero de quem perde uma grande quantia em dinheiro, por causa de “um minuto de bobeira”.
No último dia 10, ela veio a Votuporanga para sacar R$ 7 mil de sua conta, na agência da CEF (Caixa Econômica Federal), correspondentes à venda de uma casa neste município, quando minutos depois, foi abordada por duas mulheres, uma loira e uma morena, no centro da cidade, que armaram um verdadeiro teatro em torno de falsos documentos caídos na calçada da Rua Amazonas.
Enquanto uma das golpistas parou a aposentada e perguntou se os papéis no chão eram dela, a outra chegou desesperada, informando que eles pertenciam a sua patroa. Agradecida, a segunda estelionatária então disse que queria ao menos recompensar as duas mulheres pela boa ação, ocasião em que lhes ofereceu um par de sandálias cada, que supostamente eram comercializados pela dona dos documentos.
M.A.S.S., que possui uma deficiência física que a obriga usar muletas para se locomover, contou que durante a conversa, uma das criminosas segurou sua bolsa, para que ela pudesse ver o bilhete escrito pela outra, contendo o endereço da falsa loja, onde deveria buscar o calçado. Porém, enquanto lia o pedaço de papel, a fim de saber a localização do estabelecimento comercial, a vítima citou que as duas golpistas saíram andando discretamente com sua bolsa, em meio à população, até desaparecem de sua vista.
Em depoimento à Polícia Militar, a aposentada afirmou que ficou atônita no momento do golpe e que por isso, não conseguiu nem gritar. Chocada, M.A.S.S. foi conduzida ao 1.º Distrito Policial, onde a ocorrência foi registrada. Além do dinheiro que estava na bolsa, todos os documentos dela foram levados pelas duas mulheres.
Bilhete premiado
Assim como o golpe da recompensa, o do bilhete premiado é um dos preferidos e mais usados pelos estelionatários. Mas, o aposentado votuporanguense S.G.M., 70, nesta semana teve mais sorte que a moradora de Indiaporã e ao invés de perder R$ 100 mil, ficou apenas sem o aparelho celular.
A vítima acreditou em dois rapazes que lhe pediram ajuda para retirar uma alta quantia em dinheiro na CEF, referente a um prêmio da mega-sena, que eles disseram ter acabado de ganhar, por meio de um bilhete.
A desculpa, no entanto, era que nenhum dos “felizardos” estava com seus documentos e por isso, precisavam de uma terceira pessoa para efetuar o saque. Diante de uma gratificação no valor R$ 200 mil para ajudar os golpistas, o aposentando concordou com a proposta; mas antes, ele teria que provar que era uma pessoa de bem, dando a dupla o dinheiro que possuísse no banco, como garantia de que não sumiria com o tal bilhete premiado.
Os estelionatários então pediram para ficar com o aparelho celular de S.G.M., que deveria entrar em contato com eles, assim que conseguisse retirar o seu dinheiro da agência. No entanto, graças ao gerente do banco, que desconfiou da atitude do cliente e ligou para o filho do aposentado, informando que seu pai queria sacar R$ 100 mil, para comprar gado, o golpe não foi concretizado.
Por fim, S.G.M. foi orientado a depositar o dinheiro novamente em sua conta, ocasião em que a Polícia Militar também foi acionada. Diligências foram realizadas na cidade, em busca de identificar os estelionatários, mas nenhum suspeito foi encontrado.

Notícias relacionadas