O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) criou uma comissão especial para apurar os indícios de vazamento do Provão Paulista, um vestibular de acesso às universidades estaduais exclusivos para alunos da rede pública, aplicado nesta semana.
“Será de responsabilidade da comissão a investigação de possíveis falhas, incluindo os indícios de vazamento do tema da prova de redação da 3ª série em três escolas participantes”, diz o governo, em nota.
A comissão terá membros da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp),Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) e da Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec), além de representantes da própria Secretaria Estadual e da Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (Vunesp), que organiza a prova. O grupo terá também um representante da sociedade civil.
O vazamento da prova teria ocorrido em colégios da capital, de Campinas e de São Carlos. Na quarta-feira (29/11), data anterior à aplicação do Provão, alunos fizeram publicações no Tiktok e no X (ex-Twitter) divulgando o tema da redação, “Desafios do combate à fome”.
Sancionado pelo governador em julho deste ano, o Provão Paulista prevê a aplicação apenas aos estudantes, tanto de São Paulo quanto de outros estados, que cursaram todo o Ensino Médio exclusivamente na rede pública.
O planejamento do governo é que a forma de ingresso nas universidades paulistas seja feita no modelo seriado a partir do próximo ano. O modelo seriado é aquele no qual os estudantes são agrupados em séries, geralmente anuais, segundo seu nível de domínio dos conhecimentos dos conteúdos escolares, respeitando a idade e limitações de cada faixa etária.
