Uma família de Rio Preto acusa um hospital do bairro Mançor Daud de negligência no atendimento a uma mulher grávida de cinco meses, que procurou atendimento na unidade com suspeita de trombose, que acabou sendo confirmada em exame.
A gravidez da paciente, que tem 30 anos, é considerada de risco porque ela é hipertensa.
Segundo o marido, nesta quinta-feira,7, a mulher sentiu dores repentinas e muito fortes nas pernas e procurou atendimento imediato no hospital onde tem plano de saúde.
Ela chegou no local as 14h e foi imediatamente admitida. Em uma análise prévia, o médico plantonista suspeitou de trombose na perna esquerda, no entanto, era necessário realizar um ultrassom com Doppler para confirmar o diagnóstico.
“Mas a informação é que a médica que realiza o procedimento não estava no hospital. Ficamos muito angustiados porque, em alguns casos, a trombose pode evoluir para embolia pulmonar. Mas ela só foi chegar às 18h”, disse Elessandro Santos, marido da gestante.
Ele afirmou que durante o período de quatro horas de espera, registrou uma queixa na central de atendimento.
“Até sobre onde e como reclamar, as informações eram desencontradas. Achei muito descaso com quem paga o plano de saúde pra ser bem assistido”, lamentou.
Por fim, uma médica realizou o ultrassom e confirmou a trombose na gestante.
Ela receitou a aplicação de duas injeções por dia no período de três meses. Cada dose custa R$ 112 e a família terá de desembolsar R$ 20 mil até o fim do tratamento. Dinheiro que eles não têm.
Por isso, Elessandro vai tentar o medicamento na rede pública. Mas esbarrou em outra burocracia. Segundo ele, o hospital se negou a fornecer o laudo do exame realizado.
“Talvez minha esposa terá que fazer outro ultrassom, em clínica particular, para ter esse documento que a Secretaria de Saúde exige”, explicou.
Ele diz que está discutindo com a família se processa o hospital.
A reportagem solicitou posicionamento da instituição sobre a queixa. A nota recebida não responde o que foi perguntado.
Nota oficial
Em respeito ao sigilo médico e à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o Hospital é impedido de fornecer informações sobre seus pacientes.