Nos oito setores avaliados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para a análise da movimentação empregatícia de Catanduva, em todos eles foram constatadas quedas acentuadas no mês de agosto. Os dados do último mês foram divulgados na tarde de ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O Caged apontou que o setor da agropecuária foi o que mais caiu em comparação ao mês anterior. Em julho, o setor apresentou saldo positivo de 848 empregos com carteira assinada, contra apenas 55 no mês passado.
De acordo com especialistas, a variação nesse setor tem a ver com a baixa produtividade apresentada na citricultura.
“Apesar da monocultura da cana-de-açúcar predominante na região, ainda existem propriedades que trabalham com pés de laranja. A estiagem dos últimos dias também pode ter influenciado, além do encerramento dos contratos de trabalhadores no corte da cana”, explicou o técnico e engenheiro agrícola Fernando Tumiotto.
Outro setor em queda foi o da construção civil, que, no mês anterior, havia registrado a maior alta de empregos: foram 53 admissões geradas em julho contra apenas 22 em agosto.
A indústria de transformação que, em Catanduva, é liderada pelas fábricas de ventilador, entra em seu segundo mês consecutivo com saldo negativo de empregos. No entanto, houve aumento no número de vagas. Em julho, o Caged apontou saldo negativo de 74, contra 29 de agosto.
Setores
O comércio também variou de forma negativa: foram 115 empregos em julho no setor contra 74 do mês subseqüente.
No setor de serviços gerais, o saldo foi de 63 contra 39, enquanto que, na administração pública, a redução foi de 18 empregos.
