sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Garoto morre atropelado em avenida movimentada

A menos de uma semana de ganhar o sonhado presente do Dia das Crianças, dia 12 – um videogame que a mãe já estava se preparando para comprar – e…

A menos de uma semana de ganhar o sonhado presente do Dia das Crianças, dia 12 – um videogame que a mãe já estava se preparando para comprar – e prestes a completar 9 anos, dia 18, o menino Victor Hugo Siqueira da Costa teve a infância interrompida de forma trágica.

Atropelado às 19h de sábado, na avenida Philadelpho Gouvea Neto, ele morreu na madrugada de domingo, no Hospital de Base de Rio Preto.

“Eu morri junto com meu filho a hora que os médicos me avisaram sobre a morte dele. Eu não sei mais o que vou fazer da minha vida sem meu caçula, meu único menino. Estou arrasada”, disse a auxiliar de limpeza Karina Renata Siqueira. De acordo com a mãe, Victor e as duas irmãs, de 11 e 13 anos, estavam brincando no Parque Setorial quando ele decidiu atravessar a rua correndo na direção dela que estava do outro lado da avenida, na ciclovia.

“Eu estava a uns 100 metros de distância, tinha acabado de chegar e deixei os três na praça, fui andar de bicicleta na ciclovia, mas eu não sei porque ele decidiu correr atrás de mim. Nessa hora eu corri para ver o que tinha acontecido e já comecei a chorar. Ele estava todo ensanguentado e chorava de dor”, afirma a mãe que não podia tocar na criança com medo de ferí-lo ainda mais.

O motorista do carro, Wellington Breno Fernandes de 20 anos, chamou a ambulância e ficou no local até a criança ser atendida. Ele foi procurado duas vezes ontem pelo Diário, mas à tarde a mãe disse que o rapaz estava trabalhando e à noite, que estava na faculdade.Victor foi levado ao Hospital de Base, mas morreu seis horas depois, por volta da uma hora da madruga de domingo em razão de traumatismo craniano. “Meu filho ficou totalmente deformado com o acidente, eu não o reconheci no velório”, afirma a mãe.

Maria Aparecida Fernandes, 47 anos, mãe do motorista do carro, disse que o filho está arrasado com o que aconteceu. “Ele não teve culpa, a criança apareceu na frente do carro, nem deu tempo de brecar. Meu filho estava devagar na avenida, mas não teve jeito. Demos toda a assistência que a família precisava e estamos do lado deles para o que necessitarem daqui pra frente”, afirma.

A mãe da criança atropelada disse que a avenida é um local perigoso e que deveria haver sinalização informando sobre a presença de um parque. “Eles deveriam sinalizar, para que os motoristas trafeguem mais devagar por aqui. Não acredito que tenha sido o caso do meu filho, mas é bom para prevenir outras mortes”, afirma Karina. O caso será investigado pela Polícia Civil.

A secretária de Comunicação da Prefeitura, Ellen Lima, disse ontem à noite que a Secretaria de Trânsito vai verificar com o setor de engenharia se há necessidade de fazer mudanças na sinalização do local. O sonho do menino que gostava de jogar futebol com os primos e amigos era ganhar um Playstation no Dia das Crianças. “Mesmo sem ter condições eu ia me programar para comprar pra ele, mas não deu tempo. Agora não tem mais jeito. Não tinha comprado antes, pois ele tem outras duas irmãs”, afirma a mãe segurando o retrato do menino.

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