

Um homem relatou que seu filho de 9 anos foi alvo de chacota na escola depois que colegas lhe deram uma “carteira de trabalho” com o cargo de “pedreiro civil”, salário de “50 reais e 25 centavos por mês” e “jornada de 18 horas por dia”. O garoto foi chamado de “CLT” pelos colegas em uma escola particular de São Luís, no Maranhão.


Em uma publicação no Instagram, Ismael Filho, pai do menino Gustavo, criticou a maneira como as crianças, ainda pequenas, podem internalizar preconceitos sobre o trabalho. “Isso não nasceu com elas. Alguém ensinou”, diz o texto.
“Aqui se cruzam três vias que nunca deveriam se encontrar. Não numa sala do 5.º ano. Racismo, bullying e o desmonte da consciência de classe. O riso dessas crianças é o eco de um mundo que ensinou a elas que umas vidas valem mais que outras. Que algumas profissões são motivos de piada”, lamentou.
A publicação ainda critica a ideia de que certas pessoas são destinadas a tarefas humildes enquanto outras “apontam para onde vai o prédio”, afirmando que o “caso isolado” de Gustavo não será “soterrado”.
