Os quatro jovens de classe média de Mirassol com idades entre 21 e 23 anos presos em flagrante, semana passada, são suspeitos de utilizar o dinheiro originário de roubos para financiar o tráfico de entorpecentes, frequentar baladas caras e usar roupas de grife.
O delegado Eder Galavoti concluiu o inquérito ontem, e indiciou o quarteto por roubo qualificado e formação de quadrilha. A polícia investiga a participação da chamada “Gangue dos Bacanas” em pelo menos outros três roubos na cidade, pela semelhança na forma de agir: encapuzados e armados, sempre aterrorizando e ameaçando as vítimas.
O delegado Eder Galavotti afirmou que dois menores de Mirassol também são suspeitos de envolvimento nesses crimes, e que a quadrilha pode ter agido em Rio Preto. Guilherme Donegá Cavazzana Alves, 21 anos, mecânico, Vinícius Fidélis Azenha, 23, auxiliar de farmácia, Jhon Lennon Dias, 21, e Oscar Caetano Costa de Carvalho, 22, ambos desempregados, foram presos em flagrante no dia 31 de julho suspeitos de roubar uma residência no bairro Celina Dalul. Da casa, foram levadas joias e um televisor.
No momento da ação, havia duas crianças na casa, uma de 1 ano e outra de 9, e, segundo as vítimas, todos que estavam na residência foram ameaçados e trancados num banheiro. Segundo o delegado, a prisão em flagrante ocorreu porque um parente da família chegou na hora em que o roubo era praticado, e os suspeitos fugiram num Astra. Esse parente das vítimas os seguiu e acionou o Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) que faziam patrulhamento perto da residência roubada.
Galavoti afirma que as vítimas da casa do Celina Dalul reconheceram os jovens pelas roupas que trajavam. O delegado afirma que ainda aguarda laudos periciais e outros tipos de provas para concluir as investigações sobre os outros crimes que eles são suspeitos de cometer. Perto da casa assaltada no Celina Dalul, a polícia apreendeu uma pistola calibre 380 carregada com oito cartuchos, dois capuzes pretos e um televisor danificado, que teria sido arremesado do veículo usado durante a fuga. O Astra foi revistado e os policiais encontraram dentro dele um coldre próprio para pistola calibre 380.
Galavoti afirma que dos quatro, apenas um falou à polícia e negou participação no roubo. Os demais suspeitos irão falar apenas em juízo. Ele disse que aguarda laudos periciais e outras provas para concluir as investigações dos demais crimes que os jovens teriam cometido. A reportagem não conseguiu falar com os advogados dos jovens.