Maurício Galiotte, presidente do Palmeiras, subiu o tom contra a CBF e reforçou o coro de jogadores, torcida e dirigentes contra a arbitragem de Dewson Fernando Freitas, que marcou pênalti de Gustavo Gómez em lance ocorrido fora da área na vitória por 3 a 1 sobre o Cruzeiro, neste domingo, no Pacaembu.
De acordo com o mandatário palmeirense, que dificilmente concede entrevistas pós-jogo, árbitros já “tiraram” dois títulos da equipe em 2018: o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil.
“Nós queremos nesse momento fazer uma manifestação oficial em relação à arbitragem da partida de hoje (domingo). Lamentamos muito todo o investimento que nós fazemos no futebol, no clube, priorizamos a competência, investimos em tecnologia, trabalhamos para um futebol cada vez melhor, e nós nos deparamos com uma situação como a de hoje. Um erro gravíssimo da arbitragem, marcando uma penalidade dois metros fora da área, na frente do bandeira. 35, 40 mil pessoas vendo o lance e apenas três não conseguiram identificar o que aconteceu na jogada. Então o Palmeiras vem a público repudiar qualquer tipo de situação como essa que aconteceu hoje”, reclamou.
“Nós tivemos dois campeonatos nesse ano, dois campeonatos, em que o Palmeiras foi prejudicado pela arbitragem em jogos decisivos. Dois campeonatos neste ano. Nós estamos agora entrando na fase final do Campeonato Brasileiro. É inadmissível que ocorram erros graves de arbitragem como ocorreu hoje aqui no Pacaembu. Temos sete, oito equipes que brigam pelo título. Nós não podemos ser prejudicados, ninguém pode. Todos têm que ter exatamente o mesmo tratamento. Dois títulos esse ano o Palmeiras perdeu com influência da arbitragem.”
Os dois títulos que o Palmeiras, segundo seu presidente, “perdeu com influência da arbitragem” são o Campeonato Paulista, na polêmica em que o árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza voltou atrás após marcar um pênalti para o Palmeiras contra o Corinthians, e a Copa do Brasil, no gol anulado de Antônio Carlos no jogo de ida das semifinais contra o Cruzeiro.
“Amanhã estarei na CBF reivindicando que nós tenhamos pessoas competentes para trabalhar no futebol. Nós votamos a favor do VAR. Hoje, nesta situação, nós não teríamos problema. Quanto custa um título, eu pergunto aos senhores? Quanto custa uma desclassificação como a da semana passada, onde o árbitro viu falta no gol legítimo do Palmeiras contra o próprio Cruzeiro na Copa do Brasil? Qual é o custo de um erro de arbitragem gravíssimo como o de hoje, onde nós poderíamos ter tido um resultado pior? Então é um convite à reflexão que quero fazer a todos que trabalham no futebol. Nós temos que ter competência por parte de todos que dirigem o futebol”, afirmou Galliote, que rejeitou o termo “má-fé” para se referir à arbitragem.
“Incompetência. Eu prefiro usar esse termo. Despreparo. Um jogo desse tamanho, um clássico, a pessoa tem que estar preparada, como o meu time tem que estar preparado, o adversário, todos. É muito grave.” Com informações da Folhapress.