Morador de rua passa cinco meses na cadeia, por tentar furtar um boné de 10 reais. Foi em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.
O rapaz, de 31 anos, só foi solto porque o defensor público Bruno Haddad Galvão entrou com pedido de liberdade no Tribunal de Justiça de São Paulo. Na Vara Criminal onde ocorreu a prisão, o juiz que analisou o processo recusou esse mesmo pedido.
O defensor afirma que a prisão só ocorreu porque o rapaz é pobre e morador de rua. Ele disse que o furto de uma peça barata, como um boné, deveria ser enquadrado como delito de bagatela, pela insignificância do bem que ia ser levado.
No Tribunal, o desembargador que assinou a liberdade provisória considerou que houve uma desproporção entre o tempo que o rapaz ficou preso e o valor do boné.