Foi tudo armação. A Delegacia de Investigações Gerais de Votuporanga desvendou um plano armado por um funcionário de uma empresa de materiais para construção de Votuporanga que, nesta semana, armou um golpe para ficar com quase R$ 40 mil. O rapaz confessou ter organizado um falso assalto, em que ele mesmo era a vítima, para poder abocanhar parte do dinheiro contido em um malote que ele transportava que seria para outros empregados de um depósito, em Valentim Gentil.
O encarregado C.A.A.R., de 20 anos de idade, teria inventado que na última terça-feira pela manhã, bandidos armados cercaram o carro em que ele estava, e após terem o rendido, o amordaçaram e o abandonaram em um canavial, levando um malote com valor aproximado entre R$ 30 e R$ 40 mil reais. Mas a trama foi desvendada graças à destreza dos investigadores da DIG, que verificaram vários pontos contraditórios no depoimento do funcionário.
Segundo o delegado responsável pela investigação, Ali Hassan Wanssa, “o que chamou a atenção foi o comportamento dele. A investigação, desconfiou, procurou ouvir o relato e em uma breve conversa, o suspeito acabou confessando. Além disso, conseguimos com que todo o dinheiro, cerca de R$34.300, fosse devolvido”.
O delegado explicou que tudo foi armado por C.A.A.R., inclusive que os dois outros rapazes, que teriam se passado por bandidos, vieram de São Paulo, indicados por um amigo dele, de prenome Robson. “Os rapazes vieram de São Paulo, jantaram junto com o funcionário, foram devidamente hospedados e na manhã seguinte, supostamente em uma fraude de um roubo, apanharam o dinheiro. Enquanto os dois fugiram com o malote, o encarregado da empresa registrava o boletim de ocorrência, e na verdade, não houve assalto algum”, disse à reportagem o delegado Ali Wanssa.
Agora, toda a armação vai ser apurada em um inquérito policial e os envolvidos devem responder por furto qualificado mediante fraude, através de abuso de confiança e concurso de pessoa. “Esta é a parte do crime mais grave, já que ele tinha o dolo de subtrair o dinheiro. Podia se apropriar sem criar uma fraude, mas foi feito um ardil para que o dono achasse que ele era uma vítima e saísse de bom moço, sendo que tudo era uma fraude”, explicou o delegado.