O jovem Marcelo Quintas Parra, de 29 anos, que é analista de sistemas da Agrícola Arakaki, teve uma notícia surpreendente nesta terça-feira, dia 11. Através de um telefonema do Hospital do Câncer de Barretos, Marcelo ficou sabendo que sua medula óssea é compatível com a de um paciente do hospital, coisa rara, pois a probabilidade é de um a cada cem mil.
Há alguns meses, influenciado por sua namorada, que trabalha na área da saúde, Marcelo participou de uma campanha onde uma equipe do Hospital do Câncer de Barretos coletou amostra de seu sangue para cadastrá-lo no banco de dados do Ministério da Saúde, o REDOME (Registro dos Doadores de Medula), que possui atualmente em torno de 45.000 pessoas registradas. Os Estados Unidos têm 5 milhões. Portanto, no Brasil é muito pequena a possibilidade de achar um doador compatível.
Nesta quinta-feira, dia 13, Marcelo foi ao Hemocentro de Fernandópolis para fazer mais uma coleta de sangue para confirmar a compatibilidade com o receptor. Assim que o resultado ficar pronto, Marcelo será encaminhado a um centro especializado para fazer a doação.
“Sei que é muito difícil achar um doador compatível fora da família do paciente, por isso acredito que é uma benção divina eu ter sido ‘escolhido’ e poder ter uma oportunidade única como essa de ajudar outra pessoa. Tenho horror a agulha e injeção, mas só de pensar na angústia de quem está esperando por um transplante, consigo superar esse medo. Todas as pessoas que ficam sabendo que poderei ser um doador ficam muito empolgadas, me parabenizam e isso me deixa muito feliz”, disse Marcelo, que está ansioso para saber se realmente poderá ser um doador.
Existem duas formas de doar a medula óssea: por punção de veia periférica para filtração das células-mãe, as células progenitoras, através de um aparelho ou puncionando a medula diretamente da cavidade do osso. Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos, em bom estado de saúde, pode ser doadora de medula óssea. Não existe nenhum outro critério para exclusão.
