A Polícia Militar de Rio Preto e região continua as buscas por quatro dos seis reeducandos que fugiram do CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Rio Preto nesta quarta e por um dos comparsas que auxiliou a fuga.
Um dos fugitivos foi preso em Onda Verde. Outro criminoso que ajudou a ação dos bandidos e um dos reeducandos foram mortos durante tiroteio com a PM. A polícia investiga o caso.
Segundo a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), os seis reeducandos fugiram após passarem por debaixo do alambrado que cerca a unidade com o auxílio de dois criminosos, ambos armados.
Segundo a PM, motoristas que passavam pela BR-153 viram os homens de uniforme correndo e ligaram para a Polícia Rodoviária Federal.
Durante a fuga, houve troca de tiros com a PM e um dos fugitivos, Jonatas Rogério dos Santos, e Eliezer Peres de Araújo, que ajudou na fuga, morreram baleados. Segundo PM, Araújo tinha passagem por porte e tráfico de drogas, roubo e porte ilegal de armas.
Horas depois, o reeducando Edson Martins Araújo foi preso em um posto de combustíveis em Onda Verde.
A fuga aconteceu um dia antes de 1.380 reeducandos ganharem benefício da saída temporária de Natal. Todos os fugitivos tiveram o benefício negado, segundo a SAP.
Fugitivos/ Ainda continuam foragidos Lucas Machado de Barros Catell, José Maria Barros, Claudinei Paula da Costa, Leandro Benedito Lagata e o comparsa, ainda não identificado.
Investigação/ A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o caso. Segundo o delegado Rubens Cardoso Machado, serão investigadas a atuação e segurança do presídio e também a ação da PM.
A Polícia Militar informou ontem que abriu sindicância para apurar a morte dos dois suspeitos.
A SAP disse também que irá investigar possíveis responsabilidades funcionais e que instaurou procedimento disciplinar em desfavor dos reeducandos que fugiram.
Segurança
Questionada quanto à segurança no CPP, a SAP informou em nota que “as unidades e alas penais de regime semiaberto não dispõem de vigilância armada e nem são cercadas por muralha. A permanência do preso, nesse regime, se caracteriza muito mais pelo senso de auto-disciplina e auto-responsabilidade, do que propriamente por mecanismos de contenção contra evasão”.
O diretor da unidade, Ademir Pacieira, disse também que a unidade não é cercada por muralhas. Perguntado se esta foi a maior fuga na história do CPP, ele disse não se lembrar se houve maior ou menor.
