O caminho de morte atribuído ao indivíduo João Henrique Rodrigues Cassiano, conhecido por “Buiú”, ganhou destaque na imprensa nacional nesta semana. Um reportagem foi ao ar no programa “Brasil urgente”, da rede Bandeirantes, apresentado por José Luiz Datena, um dos mais assistidos do segmento policial. Antes disso, os casos de assassinato que o rapaz é suspeito também havia ganhado destaque no “Balanço Geral”, da TV Record.
Na reportagem exibida nessa semana, novos detalhes do caso foram divulgados. Uma nova sequência de imagens mostra o momento em que a segunda namorada de Buiú, Mariângela Lima de Moraes, foi agredida e teve o corpo incendiado nas ruas de Santos. A filmagem foi feita com uma câmera giratória, no alto de um poste, que não é nítida, mas fica destacado o momento em que a moça cai no chão até ter o seu corpo incendiado.
Também foi revelado que Buiú vivia nas ruas da cidade litorânea e trabalhava como guardador de carros, próximo a um lugar conhecido como Orquidário. Outra novidade no caso é de que Mariângela e Buíu estavam juntos há aproximadamente um ano.
Investigação
Pouco mais de um mês após a morte de Mariângela Lima de Morais, queimada viva no bairro José Menino, em Santos, a Polícia Civil daquela cidade continua à procura de João Henrique Rodrigues Cassiano, o Buiú, acusado de cometer o crime. O caso aconteceu na madrugada do dia 8 de agosto, na Praça Washington. Mariângela teve 90% dos braços, do rosto e do tronco queimados, inclusive com queimaduras internas. Ela ficou internada, em coma, até o dia 24 daquele mês, quando morreu.
Segundo a delegada da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos, responsável pelas investigações, Deborah Perez Lázaro, as buscas por Buiú continuam, mas ainda não há pistas do paradeiro dele, que tem expedido contra si um mandado de prisão temporária. “Nós estamos tentando localizálo. Ele está em local incerto. Já entrei em contato com os colegas do Votuporanga, onde também consta como procurado, e não sabem dele”, afirmou a delegada.
Em Votuporanga, Buiú é acusado de ter matado a facadas Aline Camila da Silva Barboza, de 23 anos, de quem era namorado, no ano passado. A jovem foi assassinada e teve o corpo jogado de um apartamento localizado no Parque das Nações. Após o crime, fugiu da cidade.
A segunda vítima atribuída a Buiú, Mariângela, era dependente química há 12 anos e, apesar de ter casa e família na Vila Belmiro, preferiu morar na rua nos últimos quatro anos, quando o vício em crack se intensificou.
Ela passava semanas longe de casa e tinha um relacionamento com o acusado. Segundo a irmã dela, L.H.L.M., de 33 anos, a família soube do crime no mesmo dia, por meio de pessoas que a conheciam da rua. Ela contou que os parentes, desde o primeiro momento, acreditavam na culpa de Buiú, que era conhecido da família por conta do relacionamento com Mariângela. “Mas ele nunca entrou em casa. Na rua não se conhece ninguém que preste, ainda mais nessa vida”, afirmou”.
(Com informações de A Tribuna)
Jociano Garofolo/A Cidade