Uma investigação do Gaeco desencadeou uma série de fraudes envolvendo donos de empreiteiras e Prefeituras em mais de 70 cidades, principalmente na região noroeste de São Paulo. A ligação entre proprietários da Demop e outras empresas consideradas como fachada, mantinham uma frequência de acertos em licitações principalmente no ramo de asfalto.
As investigações tiveram inicio em 2008 após um relatório do MP que mostrou a prática ilícita e a máfia ocorridas nos certames até o final de 2012. Grampos telefônicos foram autorizados pela Justiça, o que comprovou a prática. O RN obteve informações que comprovam a possível fraude dentro da Prefeitura de Fernandópolis, no último ano da antiga gestão da ex-prefeita Ana Bim.
No dia 28 de julho de 2008 uma testemunha protegida pela Justiça denuncia fraudes em licitações, direcionadas para serem vencidas pela Demop. A testemunha deixa claro que Olívio e os irmãos direcionavam as licitações em Prefeituras: “Quando as empresas de Olívio não vencem as licitações, geralmente elas são anuladas pela Prefeitura ou a vencedora é desclassificada sem motivo”. “Quando sr. Olívio participa de uma licitação de qualquer Prefeitura da região, entra em contato com os demais participantes e diz que a obra foi conseguida para ser executada por sua empresa. Caso os outros licitantes queiram vencer a licitação, deve pagar um determinado percentual do valor da obra para o prefeita e para o Olívio”.
As provas na Prefeitura de Fernandópolis são apenas uma parte do esquema montado para fraudar mais de R$ 1 bilhão. O relatório do Gaeco pontou intimidades entre donos da Demop com políticos, principalmente deputados e prefeitos e a facilidade em que eles conseguiam emendas para pavimentação e recapeamento de ruas.