sábado, 26 de outubro de 2024
Pesquisar
Close this search box.

Fotógrafo do IC teria furtado cena de crime

Um fotógrafo do Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo foi investigado pela Polícia Civil por suspeita de ter furtado um celular ao fotografar a cena de um crime em…

Um fotógrafo do Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo foi investigado pela Polícia Civil por suspeita de ter furtado um celular ao fotografar a cena de um crime em Araçatuba, interior de São Paulo. Nilton Cobo Júnior foi encontrado pela Polícia Civil falando em um dos celulares do empresário Valdevino Vitro, 67 anos, morto em um assalto no dia 5 de julho.

Vitro foi morto dentro do seu escritório, quando se preparava para pagar os funcionários de sua fábrica de gelo, no parque industrial da cidade. Os assaltantes também feriram seu irmão, Alberto, antes de fugirem.

Ao encontrar o fotógrafo com o celular da vítima, a polícia passou a suspeitar que ele e o perito designado para o caso tivessem participação no crime. Os dois foram monitorados em casa e no trabalho e tiveram seus telefones grampeados por sete dias, até que os investigadores descobrissem e prendessem outros três suspeitos, na segunda-feira.

Os celulares faziam parte de um lote de telefones corporativos que o empresário pretendia dar a seus funcionários.

Nessa terça-feira, Cobo Júnior foi afastado de suas funções externas pela chefia do IC. O diretor do Instituto de Criminalística de Araçatuba, Sadraque Cláudio, disse que Cobo tem, há 20 anos, o cargo de atendente de necrotério no Instituto Médico Legal, mas há dois estava emprestado ao IC, onde trabalha como fotógrafo.

– Durante este período nunca tivemos qualquer reclamação da conduta desde funcionário, que sempre foi exemplar – disse Cláudio.

Segundo ele, Cobo Júnior ficará afastado das funções até a apuração de um processo administrativo que está em fase de preparação pela Corregedoria da Polícia Civil. Um inquérito policial também foi aberto na Delegacia Seccional de Polícia de Araçatuba.

Em depoimento à Corregedoria, Cobo Júnior teria alegado ter encontrado o telefone celular numa rua próxima da fábrica de gelo assaltada. Ele disse não ter imaginado que o aparelho pudesse ser do local do crime, por isso, não o entregou às autoridades.

Procurado, ele não foi localizado para falar sobre o assunto. A prisão do servidor, que vai responder inquérito por peculato, não pôde ser feita porque ele não foi preso em flagrante.

O outro perito foi liberado das investigações depois que a Polícia Civil considerou que ele não teve participação e desconhecia o suposto furto do celular.

Notícias relacionadas