A Secretaria Municipal de Agricultura de Jales já deu início a primeira fase do projeto para instalação de 178 fossas sépticas biodigestoras nas propriedades rurais pertencentes a Bacia Hidrográfica do Turvo Grande e 133 fossas nas propriedades pertencentes a Bacia Hidrográfica do São José dos Dourados.
Os produtores beneficiados na primeira fase do programa, que se inscreveram em dezembro/2009 e janeiro/2010, precisam ir o quanto antes até a Secretaria Municipal de Agricultura pegar o gabarito (aparelho para medição dos buracos) e receber orientações quanto ao local exato de instalação da fossas sépticas. “Vale lembrar que o próprio produtor será responsável por fazer os três buracos para instalação das caixas que compõem a fossa. São duas caixas de 1000 litros medindo 1.60m de diâmetro e 80cm de altura e uma caixa de 500 litros medindo 1.20m de diâmetro e 60cm de altura”, explicou o engenheiro agrônomo do município, Tadeu Calvoso Paulon.
Em dezembro/2012 e janeiro/2013 estarão abertas as inscrições para a segunda fase do projeto. Os interessados em se inscrever devem ir até a Secretaria e assinar a carta de anuência para instalação da fossa séptica na propriedade.
As obras estão sendo realizadas através de um convênio no valor de R$500 mil entre Governo do Estado e Prefeitura Municipal, sendo que 98% dos recursos são provenientes do FEHIDRO – Fundo Estadual de Recursos Hídricos e 2% da Prefeitura Municipal de Jales, que irá fornecer materiais e mão-de-obra para instalação das fossas.
O projeto tem como objetivo substituir as fossas negras (feitas diretamente no solo) pelas fossas sépticas biodigestoras desenvolvidas pela EMBRAPA Instrumentação Tecnológica (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) de São Carlos, evitando assim, a contaminação do solo, preservando o lençol freático e proporcionando qualidade de vida e saúde ao produtor, minimizando ocorrências de doenças e viroses.
Para o presidente do Sindicato Rural de Jales, José Candêo, a instalação das fossas sépticas representa um grande avanço, visto que é um serviço gratuito que beneficia tanto a saúde do produtor, quanto o meio ambiente. “Ainda haverá uma economia, já que a água poderá ser usada como adubo orgânico líquido em pomares”, lembrou.