Cerca de 300 professores da Rede Municipal de Ensino de Votuporanga participaram durante todo o dia de hoje (17/4) da palestra “Olhos do Coração”, com o jornalista Juliano Matos. O evento aconteceu no Centro de Convenções “Jornalista Nelson Camargo”.
Durante sua palestra, Juliano Matos falou da sua trajetória de vida e de tudo que enfrentou para conquistar o sucesso e reconhecimento profissional. “Comecei cedo. Aos 10 anos meu pai arrumou-me um serviço em uma bicicletaria. Aos 12 anos comecei a trabalhar em uma emissora de rádio na cidade de Cardoso, onde morava. Aos 14, ganhei meu primeiro programa na emissora. Após isso fui jornaleiro. Entregava jornais por toda a cidade em uma bicicleta cargueira azul”, explicou Matos.
O jornalista já trabalhou na TV Universitária de Votuporanga, na TV Tem e na EPTV, afiliadas da Rede Globo. Nesta última ficou por seis anos, quando há sete meses deixou o posto de apresentador para se dedicar exclusivamente ao projeto GPS da Vida. Nos últimos meses, já ministrou palestra em grandes empresas como: Embraer, Volkswagen, Electrolux, Tecumseh do Brasil, OHL – Centrovias, além de dezenas de secretarias de educação.
Na ocasião, os alunos do curso de Psicologia, da Unifev de Votuporanga, fizeram uma sensibilização sobre a doença que atinge dezenas de professores, a “síndrome de burnout” ou esgotamento profissional. Os alunos destacaram os sintomas e o que deve ser feito para evitar o esgotamento profissional. O curso sobre o tema acontecerá em maio e será gratuito aos professores da Rede Municipal de Ensino de Votuporanga.
Síndrome de Burnout
A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico descrito em 1974 pelo psicanalista nova-iorquino Freudenberger.
Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônico provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso.
Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco maior de desenvolver o transtorno.
Os sintomas são variados: fortes dores de cabeça, tonturas, tremores, muita falta de ar, oscilações de humor, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, problemas digestivos, entre outros. Já foram diagnosticados mais de 130 sintomas diferentes, o que dificulta o diagnóstico.