Três pessoas foram presas por tráfico de entorpecentes na tarde de ontem em Rio Preto durante mais uma fase da operação “Centro Seguro”, que contou com a participação de 115 homens da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, fiscais da Prefeitura e da Defesa Civil. Em 40 dias, quando teve início a operação, 30 pessoas foram presas na área central por tráfico, furto e roubo. Além das pessoas presas na tarde de ontem, três hotéis e um bar foram autuados por fiscais da Vigilância Sanitária do município, e 2,5 quilos de crack foram apreendidos.
De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde, dez dos 22 estebelecimentos mapeados pela Polícia Militar foram vistoriados. Um dos hoteis teve cinco quartos lacrados por falta de janelas voltadas para a área externa do imóvel, o que impede a circulação de ar no local. Outro estabelecimento que não possuia o alvará da Vigilância Sanitária recebeu um auto de infração. O valor da multa varia de R$ 184 a R$ 184 mil.
Os fiscais também autuaram um bar por falta de higiene. Outra pensão teve alguns quartos interditados pela Defesa Civil por não oferecer ventilação externa. A assessoria não informou quantos quartos foram interditados. “A operação teve um saldo muito positivo, estamos conseguindo diminuir a criminalidade do Centro e transformá-lo em um local mais agradável e seguro, prova disso é que há 12 dias não registramos nenhum roubo na área do 1º Distrito Policial”, afirma o major Luiz Roberto Vicente, que comandou a operação. Na semana passada, durante a operação Centro Seguro, o maior mocó de Rio Preto, localizado na Vila Maceno, foi demolido.
Após a fiscalização nos hotéis que contou com a ajuda de cães farejadores, a Polícia Militar fez uma varredura na região central e encaminhou 30 moradores de rua para o ginásio de esportes Antonio Natalone. Um ônibus da Circular Santa Luzia transportou os moradores de rua até o local, onde eles receberam lanche, cortaram os cabelos e ganharam roupas e foram cadastrados.
“Neste cadastro identificamos as pessoas que são dependentes químicas e aquelas que aceitaram se tratar foram levadas para o projeto ‘Consultório de Rua’, para que seja iniciada a recuperação. Seis pessoas aceitaram ajuda”, disse o major. Os moradores de rua que têm família em outras cidades serão encaminhados para a Secretaria de Assistência Social e receberão as passagens de volta para casa. “Percebemos que não adianta apenas repreender. É preciso dar o caminho para essas pessoas se recuperarem. É isso que estamos fazendo”, explica o major.