O Ministério da Saúde iniciará auditoria nos mamógrafos disponíveis na rede pública. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) mantém 1.645 aparelhos, dos quais 50,87% estão abaixo de sua capacidade de realização de exames.
A ação da força-tarefa foi instituída nesta quarta-feira (27), em portaria publicada do Diário Oficial. O grupo tem dez dias para compor a estratégia de atuação e 60 dias para entregar o relatório. O objetivo é verificar a produção dos aparelhos para tornar o seu funcionamento e distribuição mais eficiente.
“O número de mamógrafos é suficiente para atender a demanda do SUS, mas eles possuem baixa produtividade. Faremos uma força-tarefa para conhecer a situação de cada aparelho do SUS e garantir o acesso ao exame”, afirmou o ministro Alexandre Padilha, durante encontro, nesta semana, com auditores do SUS, em Brasília. Durante o evento, foram discutidas ainda as ações prioritárias de auditoria já traçadas pelo Ministério da Saúde para este ano.
A análise será coordenada pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), que conta com representantes em todos os estados. A ação é um dos desdobramentos do Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo de Útero e de Mama, lançada em 22 de março.
Além do Denasus, a força-tarefa envolverá os Serviços de Auditoria e Divisões de Auditoria dos 26 estados. Também participarão da estratégia representantes do Conselho Nacional de Secretaria Municipais de Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Departamento de Ouvidoria Geral do SUS, Instituto Nacional de Câncer (Inca) e Departamento de Atenção Especializada.
De acordo com o diretor do Denasus, Adalberto Fulgêncio, o departamento vai apresentar, no prazo máximo de dez dias, o roteiro de vistoria.
“Estamos delineando o plano operacional para avaliação dos mamógrafos em 780 municípios. Esta ação contará com a expertise do Inca, quanto à apreciação técnica, e da Anvisa, para verificar irregularidades”.