Um flanelinha foi levado para o plantão policial acusado de ameaçar condutor que estacionou seu veículo na Praça Monsenhor Albino. O caso ocorreu sábado (06), por volta das 9 horas.
A vítima, que não quis se identificar, alegou que, se todas as pessoas registrassem ocorrência, haveria diminuição desses casos. “Também tenho receio, mas não tenho escolha. Vou continuar a estacionar na área central da cidade porque trabalho nas proximidades”, justificou.
De acordo com dados do boletim de ocorrência da Polícia Militar, o flanelinha ameaçou riscar e quebrar os vidros do carro. “Depois ele teve a audácia de perguntar o que era R$ 1 para mim. Eles obrigam a pessoa a dar o dinheiro. É uma situação constrangedora. Às vezes a pessoa dá dinheiro para evitar maiores problemas. Nós já pagamos imposto, área azul e somos coagidos por flanelinhas e passar por uma situação dessas?”, indagou.
Homem acusado confessa ser usuário de crack há um ano
Acusado de ter coagido o motorista, E.S.R., 26 anos, ajudante geral, declarou que há seis meses guarda os carros estacionados em via pública e afirma nunca ter ameaçado ninguém, mas somente pedir dinheiro aos motoristas.
Ao ser questionado se é cadastrado pela Prefeitura para atuar como flanelinha, disse que nem sabia nada a respeito.
“Não tenho onde morar, durmo na rua, utilizo o dinheiro para comer e não vou negar porque não sou nenhum santo, sou usuário de crack há um ano”.
O flanelinha informou que já foi internado no Vau do Jaboque por dois meses.
“Quero ser internado novamente, quero recuperar minha auto-estima. O crack está acabando comigo, a droga já me tirou tudo o que eu tinha”, disse.
‘E’ foi levado ao plantão policial e vai responder por constrangimento ilegal e terá que comparecer em audiência no Fórum de Catanduva.
