segunda, 25 de novembro de 2024
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Fittipaldi diz que vive situação “humilhante e traumática”

O Fantástico, programa da TV Globo, levou ao ar na noite deste domingo (10) uma entrevista com Emerson Fittipaldi, exatamente uma semana depois que o programa similar da TV Record,…

O Fantástico, programa da TV Globo, levou ao ar na noite deste domingo (10) uma entrevista com Emerson Fittipaldi, exatamente uma semana depois que o programa similar da TV Record, o Domingo Espetacular, revelou a situação financeira delicada do ex-piloto. Que, como disse à revista Veja, não é bem assim porque seu patrimônio é maior que as dívidas que superam R$ 27 milhões.

De acordo com o ex-piloto, as dificuldades financeiras começaram com um investimento em uma usina de etanol no interior do Mato Grosso do Sul, em 2007. A usina nunca saiu do papel, mas o projeto e o terreno deixam um alto custo para trás.

“De sete a oito milhões eu perdi lá”, revelou.

A fazenda, que tem um tamanho equivalente a 900 campos de futebol, acabou, então, transformada em um pomar de laranjas, mas a produção foi encerrada há seis meses. “Eu perdi muito dinheiro”, reconheceu.

Emerson disse que a situação “é uma coisa até humilhante e traumática. “O valor histórico é muito maior, maior até que a dívida”, defendeu. Ainda, afirmou que muitos dos carros que estão em seu escritório não são de sua propriedade, mas, sim, do Museu Fittipaldi. “É um patrimônio público”, alegou, então explicando o que tem feito para evitar que a dívida aumente. “Estou tentando economizar.”

O ex-piloto admitiu que tem “negócios fora do Brasil, principalmente no mundo do automobilismo” e que pôs à venda o apartamento onde mora na Flórida em 1992. Na reportagem, não fez menção ao apartamento que comprou em um condomínio de luxo em Miami, informação confirmada pela construtora Related Group ao GRANDE PRÊMIO.

Mesmo após dois investimentos frustrados, Emerson insistiu no mundo dos negócios com a organização da etapa do Brasil do Mundial de Endurance, outro investimento que não se mostrou muito produtivo, já que deu prejuízo desde a primeira edição, em 2012. “Não é que eu me arrisquei. A minha previsão era de quatro a cinco anos para a gente ficar no azul”, comentou. “A expectativa da gente ter a renda que a gente deveria gerar, não aconteceu”, seguiu.

Perguntado sobre a real situação financeira, Emerson disse: “Eu não estou quebrado nem falido. Vou cumprir todas as obrigações que tenho. Preciso de tempo e trabalho. E vou cumprir”, finalizou.

Entenda o caso

Na semana passada, após a publicação da máteria na TV Record, que foi respondida por Fittipaldi, surgiram uma série de notícias envolvendo o ex-piloto e hoje empresário. Uma empresa de comunicação visual, contratada para prestar serviços na etapa brasileira do WEC, em 2014, recebeu apenas R$ 20 mil dos R$ 70 mil combinado.

O GRANDE PRÊMIO também averiguou que, em 2015, Emerson adquiriu uma mansão em um dos condomínios mais luxuosos de Miami, nos Estados Unidos, avaliada em R$ 16 milhões. Em comunicado, o bicampeão mundial de F1 negou a aquisição. Porém, um dos responsáveis pelo empreendimento Park Groove, ratificou que Fittipaldi é mesmo o dono do imóvel de 260 m².

Em meio aos imbróglios judiciais, o Copersucar Fittipaldi de 1977 e o Penske PC18 Chevrolet de 1989 foram removidos do escritório de Fittipaldi e levados a um galpão pertencente a um dos bancos que entraram com o pedido de penhora dos bens. Na sequência, a assessoria de imprensa do hoje empresário informou que entrou com uma ação na justiça para recuperar os dois carros.

Na última sexta-feira (8), veio a notícia que a SPTuris, órgão da Prefeitura de São Paulo, rejeitou em duas oportunidades a prestação de contas referente à realização das 6 Horas de São Paulo. O documento era da Endurance Racing Eventos, empresa de Emerson Fittipaldi.

Em entrevista à revista Veja, divulgada no sábado (9), Emerson Fittipaldi reconheceu as dificuldades financeiras, lamentou a série de notícias divulgadas sobre o episódio e garantiu que o seu patrimônio é muito superior à dívida.

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