A polícia de La Plata, na Argentina, abriu inquérito nesta segunda-feira (12) depois de descobrir que um homem de 47 anos ocultava, há quatro anos, o corpo em decomposição da própria mãe, Marta Durand, morta em 2021 aos 77 anos. A revelação ocorreu quando o irmão de Marta, sem contato com ela havia uma década, visitou a casa da família no bairro Altos de San Lorenzo e sentiu o mau cheiro vindo de um quarto trancado.
Segundo o visitante, o sobrinho admitiu que manteve o cadáver no local desde a suposta parada cardíaca da mãe, afirmando que “não teve coragem” de comunicar o óbito às autoridades. As autoridades isolaram a residência e acionaram a Divisão de Casos Especiais, que enviou o corpo para autópsia a fim de definir a causa da morte e conferir se houve participação de terceiros.
O Ministério Público estuda enquadrar o filho por ocultação de cadáver e omissão de denúncia, crimes que podem levar a pena de prisão na legislação argentina. Ele permanece sendo interrogado para explicar por que preferiu esconder o falecimento em vez de registrar o óbito, procedimento obrigatório no país.
Casos semelhantes já chocaram o país: em agosto de 2024, uma mulher foi flagrada vivendo com os corpos de dois irmãos em Córdoba, alegando um pacto suicida. A repetição de episódios extremos aumenta a pressão sobre autoridades de saúde mental e assistência social para identificar comportamentos de risco antes que se transformem em tragédias silenciosas.
