Filho de Chico Anysio, Nizo Neto revela que o pai não costumava ser engraçado em casa.
“Ele tinha umas tiradas de humor, era irônico, mas não ficava fazendo palhaçada. Era um cara sério, mas com várias alfinetadas. Humorista, em geral, é meio mal-humorado”, comenta Nizo, que chegou a integrar o elenco da icônica Escolinha do Professor Raimundo durante seis anos na pele do personagem ‘Seu Ptolomeu’.
Frequentando e trabalhando na TV Globo desde os sete anos de idade, há seis meses ele decidiu deixar o canal. “Fiz um acordo, pedi para sair e foi uma decisão muito corajosa e ousada para poder ver a vida fora de lá, respirar novos ares e com certeza as portas estarão sempre abertas”, explica ele, que ficou contratado da emissora por 40 anos.
Além de atuar, Nizo também fez carreira no universo da dublagem, dando início ao ofício no ano de 1984. De lá para cá, ele deu voz a grandes personagens em desenhos e filmes como Caverna do Dragão, Os Flintstones, UP – Altas Aventuras, Curtindo a Vida Adoidado, Namorada de Aluguel, Footloose – Ritmo Louco, entre outros. Em UP – Altas Aventuras, Nizo fez a voz do cachorro Doug, enquanto seu pai interpretou Carl Fredricksen, o personagem principal da animação. “Ele [Chico Anysio] já estava bem debilitado fisicamente e sou muito amigo do Garcia Junior, que era responsável pelas dublagens da Disney. Liguei para ele e falei se tiver alguma coisa no seu próximo projeto que tiver a ver com meu pai e ele falou no próximo filme vamos ver o que rola. No próximo tinha esse personagem, que era a cara dele, até fisicamente”, relembra.
Ainda durante o bate-papo, Gimenez conversa com a esposa de Nizo, Tatiana Presser, escritora, psicóloga e sex coach. Com o livro Vem Transar Comigo à venda em todo o país, Tati explica a diferença entre sexóloga e educadora sexual. “A sexóloga lida mais com traumas, conversa, de onde vem isso. Eu não quero saber de onde vem. Qual é o seu problema, vamos resolver e pronto. Se eu perceber que é uma coisa que vem de um trauma, indico para um psicanalista, uma coisa médica, ginecologista, fisioterapeuta”, comenta ela, que atua na área há 23 anos.
Mostrando que entende do assunto, ela afirma que homens e mulheres enxergam o sexo de maneira diferente. “A mulher é mental e o homem é visual. Foi feita uma pesquisa em Harvard que mostrava: na tomografia, via-se que na hora do orgasmo, a mulher, não é que apaga todas as conexões neurotransmissoras, mas dá uma [leve] apagada. No homem já parecem fogos de artifício. Então, o homem transa para desestressar, enquanto a mulher transa para se conectar”, pontua ela, finalizando: “Essa conexão é tão importante que essa “apagada” nos neurotransmissores é justamente um reboot no sistema da mulher. Tanto é que ela fica elétrica depois que transa e o homem não, ele já quer dormir. Dois seres completamente diferentes para uma missão de sexo”.