A Fifa quer avaliar medidas que possam ser adotadas para punir e lutar contra encenação no futebol.
O assunto faz parte da agenda do presidente da entidade, Gianni Infantino, que tem falado a pessoas próximas a ele que estaria preocupado com a “perda de tempo” em campo por conta da atitude de jogadores.
O problema não se refere apenas a Neymar, alvo de críticas de ex-jogadores internacionais, torcidas, dirigentes e mesmo adversários durante a Copa do Mundo. Infantino se queixou da perda de tempo que a encenação estaria gerando, num sentido mais amplo, e não apenas com jogadores que sofrem faltas.
Sua avaliação interna é de que, sempre que um time está ganhando, jogadores parecem abusar de certos lances para ganhar tempo e encenar contusões.
Na semana passada, a publicação revelou como membros do Conselho da Fifa estavam irritados com o comportamento de Neymar em campo, alertando que suas encenações estariam prejudicando a seleção. A televisão estatal suíça chegou a calcular o tempo que o atacante ficou no chão durante a Copa do Mundo, atingindo a marca de 14 minutos.
Infantino ainda teria citado a demora de jogadores quando são substituídos, insistindo que o assunto também teria de ser debatido.
EUROPEUS – O presidente da Fifa ainda notou o fato de que o título da Copa do Mundo ficará com um país europeu pela quarta vez seguida, além de três Mundiais Sub-20 e uma Copa Sub-17.
Sua avaliação é de que um ponto central do sucesso europeu foi o sistema de licenciamento de clubes, implementado há quase 20 anos pela Uefa e com Infantino na condição de secretário-geral da entidade.
A regra criada por ele era de que todos os clubes europeus tivessem três times de base. Mais de 50% não tinham e o resultado foi a criação de um corpo de jovens jogadores que, hoje, estão dando resultados.