terça, 12 de novembro de 2024
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Fichados indicam esposas e vencem eleições

Seis políticos barrados pela Lei da Ficha Limpa na região de Rio Preto usaram brecha na legislação para vencer a eleição. Todos abriram mão da candidatura, indicaram “laranjas” e obtiveram…

Seis políticos barrados pela Lei da Ficha Limpa na região de Rio Preto usaram brecha na legislação para vencer a eleição.

Todos abriram mão da candidatura, indicaram “laranjas” e obtiveram vitória nas urnas. Quatro deles indicaram as próprias mulheres como candidatas na última hora para evitar risco de derrota na Justiça.

Em Valentim Gentil, Rosa Caldeira (PP) disputou no lugar do marido, o ex-prefeito Liberato Caldeira (PP), e venceu o atual prefeito, Adilson Segura (PSDB). A troca foi feita no sábado, véspera da eleição, com base em brecha da legislação eleitoral que permite a substituição do candidato “até a data da eleição”

Assim, o eleitor votou na urna em Liberato Caldeira, mas quem foi eleita foi a mulher dele. “Esperávamos que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgasse o meu processo até sexta-feira (dia 5), mas como isso não ocorreu optamos pela substituição, para não correr nenhum risco”, diz Caldeira, cuja candidatura havia sido impugnada com base em condenação por improbidade pelo Tribunal de Justiça por fracionamento de licitação. Caldeira admitiu que que irá governar com a mulher. “Vou trabalhar cem por cento com ela”, disse.

Outros três candidatos impugnados por impedimentos previstos na Lei da Ficha Limpa também renunciaram em favor de suas mulheres: no dia 3, Moacyr Marsola indicou Lucilene Marsola (PTB), que derrotou Sebastião Vilela (PP) em Macedônia. José Carlos Massoni (PTB) foi substituído no dia 2 por Fernanda Massoni (PTB), vencedora em Turmalina.

Um pouco antes, Silvia Gallo (PT) entrou no lugar do marido, André Gallo (PT), em Paraíso. Todos venceram a disputa. Também foram eleitos João Henrique Ribeiro Alves (PTB), que substituiu João Batista Alves em Onda Verde, e Lupércio Bugança (DEM) em Palmares Paulista, que concorreu no lugar de Suely Santanna.

O promotor eleitoral Carlos Romani diz que a substituição de candidatos, mesmo na véspera da eleição, pode ser considerada normal, uma vez que a candidatura pertence ao partido que não pode ser “prejudicado” por eventuais impedimentosdo candidato.

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